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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Catho cata seu dinheiro!

O poder de difusão patrocinado pela internet é arrasador. Sim, a internet não foi algo inventado de ontem para hoje. Mas, somente, hoje, pude observar o seu poder de difusão, propagação de informações. Algo recente que tem feito parte dos domínios da web é a possibilidade de fazer uma postagem e disseminá-la para diversos canais e sites hospedados na rede. Esse meio morno de comunicação, como dizem os teóricos, tem se tornado, a meu ver, um dos melhores canais de divulgação. Prova são os acessos de diversas partes do mundo registrados no blog.

Na realidade, não venho a público, nesta postagem, para comentar a comodidade patrocinada pela WEB, mas sim para utilizar este MEU espaço/território ON-LINE para disseminar uma reclamação protocolada contra a empresa de Recursos Humanos Catho/S.A em um site extremamente respeitado pelas empresas e pelos indignados de plantão (reclameaqui.com). Mesmo que não haja solução alguma, já que o sentimento de impunidade paira no ar, é preciso denunciar e fazer o "site a site" (uma alusão à expressão "boca-a-boca") inclusive no ambiente virtual.

Segue, abaixo, denúncia protocalada contra a empresa Catho no site www.reclameaqui.com.br .O objetivo é alertar quem ainda não caiu na arapuca: Catho. A empresa tem cinco dias úteis para se manifestar!

Empresa Séria age de boa-fé. Catho age de má-fe!

Sou o mais novo integrante do grupo de pessoas de boa-fé enganados por uma empresa que mascaradamente age de má-fé com seus clientes/consumidores, a partir do momento em que não utilisa procedimentos que alerte o assinante sobre o período ou não de reativação de sua assinatura. Ninguém aqui vive em prol de lembrar a data de vencimento e reativação automática dos serviços prestados por esta lastimável empresa de consultoria. Acredito que no dia-a-dia devemos nos preocupar com coisas mais interessantes e não pela data-limite de assinatura de um serviço JÁ PAGO. Enquanto a empresa utiliza sistemas eletrônicos para cobrar e reativar assinaturas de seus clientes (ironicamente, o mesmo sistema não envia e-mails de alerta ao assinante nas vésperas da data-limite para cancelar a assinatura e evitar uma nova cobrança), o contratante precisa recorrer à memória para evitar o golpe de credibilidade. O "coitado" do contratante do serviço precisa memorizar que em um dia qualquer após 3 meses de contratação do serviço sua "assinatura perpétua" irá novamente ser cobrada/reativada... O fato de não encaminhar e-mails que notifiquem o assinante sobre o procedimento já coloca em xeque a credibilidade desta empresa que realiza, na verdade, uma espécie de assalto em pessoas que nem estão inseridas no mercado de trabalho. O dito popular "A corda sempre arrebenta do lado mais fraco" é uma máxima para representar a relação Catho/Desempregado (Assinante). A conduta adotada pela Catho por meio de suas cláusulas "sombrias" não está em consonância com o perfil daqueles que recorrem ao serviço: Pessoas, às vezes, desesperadas para ser novamente inseridas no competitivo mercado de trabalho. A ação da empresa é, no mínimo, selvagem, tal como é o sistema econômico vigente.

A Catho é uma arapuca: Cadastrou - Caiu. Estou extremamente chateado com esta empresa por dois motivos: por não ter me alertado sobre o período-limite de cancelamento da assinatura (O lucro desta empresa é tão grande realizando tal procedimento que, mesmo recebendo tantas reclamações pelo mesmo motivo, não altera sua forma de agir com o consumidor - Se a empresa realmente estivesse a favor do contratante, sem dúvida, já teria repensado sua postura veladamente trapaceadora)... Quando fui contratar o serviço, tive problemas com o meu cartão e, por isso, utilizei cartão de terceiro que, por sua vez, também, não foi aceito no pagamento. Com isso, foi encaminhado boleto bancário no qual tive que pagar o valor total de uma só vez (mesmo tendo optado pelo parcelamento trimestral - mais uma vez não honraram o que havia sido acordado). E, agora, para minha surpresa, debitaram uma nova assinatura no cartão que havia pedido emprestado. Tive dois sustos em um só dia: Reativação da Assinatura e Cobrança por parte da Titular do Cartão que não contava com o débito de tal valor em sua fatura neste período. A catho, de uma forma desonesta, utilizou sem o meu consentimento, já que não havia autorizado a reativação da assinatura, o cartão de terceiro para fazer uma nova cobrança. A empresa se enconde por trás de um contrato que só ela tem o conhecimento (visto o número de reclamações) para se defender e se colocar perante ao mercado como uma empresa séria. Séria? Procurava vagas de jornalista e professor de línguas e por inúmeras vezes recebi vagas de emprego para Professor de BALÉ E DANÇA?! Brincadeira!!!!

Exijo o estorno do valor cobrado no cartão dessa terceira pessoa sem a minha autorização e , muito menos, a dela... Para, então, realizar o cancelamento definitivo de minha assinatura. A catho tem por obrigação comunicar a Operadora de Cartão de Crédito o cancelamento dessa cobrança. Não sou o titular do cartão e tive autorização para utilizá-lo somente em AGOSTO e não agora, quatro meses depois.

Outra Reclamação que quero realizar está relacionada ao SAC de atendimento desta empresa, que descumpre as novas regras de prestação de serviço estabelecidas por órgãos reguladores:

1º Não possuem canais de atendimento 0800 por telefone;
2º Os períodos em fila para atendimento ultrapassa o prazo de 60 segundos; Aguardei 1'53'' para falar com o atendente;
3º O pedido de cancelamento de um serviço será imediato - Não oferece ao cliente a opção de cancelar o serviço pela URA ou através do contato por telefone (exclusivo pela internet);
4º No caso de reclamação e cancelamento, é proibido transferir a ligação. Todos os atendentes deverão ter atribuição para executar essas funções - Fui transferido para o setor de Cobrança;
5º Ao selecionar a opção de falar com o atendente, o consumidor não poderá ter sua ligação finalizada sem que o contato seja concluído - A colaboradora de nome Marcela só me retirou do MUTE após prestar uma informação, depois que a alertei que caso ela finalizasse a ligação sem o meu consentimento estaria infringindo uma das novas regras estabelecidas para as empresas que prestam atendimento por telefone a seus clientes;
6º O consumidor pode solicitar acesso ao conteúdo da gravação e ao histórico de atendimento - Solicitei a gravação para a consultora e ela disse que a empresa não realiza tal procedimento. Disse que as ligações pertencem à Catho para uso interno;

Protocolarei reclamação contra a Catho pelo atendimento prestado ao consumidor (telefone) e pela sua ação "fraudulenta" ao ter utilizado cartão de terceiros (sem minha autorização) para o débito de uma novo plano trimestral de assinatura.

Oriento os demais a protocolarem reclamações contra o SAC da Catho para que a empresa seja, também, penalizada pela não observância das novas leis que regem o serviço de Call Center no Brasil, em vigor desde dezembro de 2008.

Atenciosamente,

Ailton Sobrinho

http://www.reclameaqui.com.br/442986/catho-online-s-c-ltda/empresa-seria-age-de-boa-fe-catho-age-de-ma-fe/

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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Burocracia e Má-vontade: legados do Serviço Público

De semelhante somente a razão social: Universidade. As diferenças entre UFG (Brasil) e ULG (Bélgica) são gritantes, a começar pela infra-estrutura de ambas e pelo espírito de serviço dos responsáveis em zelar pelo nome da instituição (refiro-me a corpo técnico e docente).

Muito mais que ter estantes abarrotadas de livros em bibliotecas é preciso se modernizar. Para isso, é fundamental que uma Universidade tenha hospedado em seu servidor arquivos digitalizados de obras, sejam elas teóricas ou literárias, com livre acesso aos interessados em aprimorar o conhecimento através da pesquisa e da leitura. As chamadas bibliotecas virtuais é uma realidade para poucas instituições de ensino. Muitas, além de não optarem pelo desenvolvimento de tal ferramenta, nem possuem sinal aberto wi-fi no espaço da Universidade. E na existência do sinal o acesso é restrito a determinados grupos.

Episódio I
- Poderia me fornecer o login de acesso da rede wi-fi deste espaço da Universidade?
- Você é aluno bolsita?
- Aluno, sim. Bolsista, não! Algum problema?
- Sinto muito, mas a rede é liberada somente para professores e alunos bolsistas! (episódio ocorrido semana passada em uma unidade de Ensino e "pesquisa" da UFG)

Como lidar com a falta de boa vontade do próximo?! Principalmente, quando o "próximo" trata-se de um servidor público?! Uma das coisas que me chamava a atenção no período de estudos na Universidade de Liège era a prestatividade do pessoal técnico. Lá, o lema da instituição parecia ser: A votre disposition! A pró-atividade dos funcionários e o desejo de resolver a solicitação requerida de uma forma quase instantânea era impressionante. O atendimento presencial era sempre o mais importante a ponto da pessoa parar o que estava fazendo para ouvir e, em seguida, executar. O famoso "volte amanhã" não era regra là-bas. Era uma exceção!

Episódio II
- Bonjour Madame! Est-ce que vous avez déjà envoyé mon Réleve de Notes au Brésil?
- Oui, je l'ai envoyé le 14 septembre! Vérifiez avec votre Coordenatrice si elle a bien reçu ton bulletin!
- Ok. Bien à vous! (breve trecho do e-mail encaminhado na última semana para a Coordenação de Jornalismo da Universidade de Liège)
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Episódio II - Parte II
- Retornei em agosto e o meu processo de aproveitamento das disciplinas cursadas no exterior ainda está parado. Poderia me informar o motivo?
- Não recebemos o seu boletim!
- Sério? Mas a informação que tenho é a de que ele foi enviado há quase 1 mês?! Poderia verificar novamente o meu processo?
-Ah, sim, aqui está o boletim! Mas só poderei dar andamento no processo semana que vem.
(O semestre passa e a Universidade continua se inspirando nos prazos estabelecidos pelas companhias telefônicas: 5 dias úteis, senhor!)
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É preciso saber trabalhar com a burocracia e não fazer dela o principal foco de trabalho. Em 2006, terminei o curso de Licenciatura em Letras e em dezembro do mesmo ano solicitei a expedição do diploma. O documento só ficou pronto em junho de 2008. Foram apenas 1 ano e 6 meses de espera.
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Ainda em Liège tive que defender "minha" Universidade ao ser indagado porque as respostas vindas da UFG demoravam tanto para chegar na Bélgica. Sem argumentos, após ser questionado pela segunda vez sobre o assunto, vi-me obrigado a sorrir e reponder em tom de brincadeira: talvez, seja devido a distância entre os dois países...
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O que mais me inquieta não é saber que todas as vezes que solicitar algo por aqui terei que aguardar, no mínimo, uma semana, mas saber que, em se tratando de serviço público, independente de qual seja o órgão a demora será garantida!

P.S.: Texto escrito em tom de desabafo!

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terça-feira, 29 de setembro de 2009

Paris... Ah, Paris!!!

Em frente ao Museu do Louvre / Paris

Em um ano de vivência (estudo e turismo) na Europa, conheci 14 países e quase uma centena de cidades. Cada viagem me reservou momentos fantásticos e experiências incríveis. Tenho, realmente, muitas estórias para contar e milhares de fotos para revelar. A minha última aventura não poderia ter tido destinação melhor: Paris. A cidade das luzes me acolheu de 10 a 13 de agosto e pude encerrar lá, na cidade mais bela do mundo, o meu ciclo de viagens. Somente em Paris, me dei conta de que começava a dizer Au Revoir para o meu período de séjour na Europa.
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Paris é uma cidade única que encanta os turistas mesmo não conseguindo esconder problemas comuns aos grandes centros urbanos, como a pobreza de imigrantes e as drogas. As luzes da cidade são capazes de ofuscar tais problemas e dar aos turistas a impressão de que a cidade é mágica. E, de fato, ela é. Sua magia vai além dos grandes jardins e monumentos. Vai além das belas praças e pequenos vilarejos anexados ao território da grande capital. A magia da cidade está na língua falada pelos franceses. O francês é mágico. Qualquer outra língua pode ser confundida, exceto o francês. O som, a entonação, as expressões são únicas assim como a França, como Paris.
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Não há, acredito, quem visite Paris e fale mal. Fechei o meu último passeio pela Europa com chave de ouro. Subir as escadas da Torre Eiffel, andar pelas pequenas ruas de Montmartre, visitar os jardim de Tuileries e o Palácio de Versailles, andar à toa pela avenida Champs-Élysées e às margens do Rio Sena, visitar o museu do Louvre e tantos outros espalhados pela cidade, respirar o ar parisiense e adentrar ou, ao menos, contemplar as igrejas de Notre-Dame e do Sacre Coeur são programas que devem ser levados à risca ao visitar a mais bela e encantadora cidade do mundo. A beleza inerente de Paris é, sem dúvida, um convite ao retorno.
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Bastidores - A viagem a Paris me rendeu, pela primera vez, algumas vantagens. Na visita a museus e ao Château de Versailles, estudantes europeus, que tenham nacionalidade européia, não pagam o bilhete de entrada. Com a minha Carteira de Identidade Belga em mãos, pude adentrar os lugares sem dispender um só centavo de Euros. A sensação de me sentir europeu foi ótima! (risos)
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Dicas - Os metrôs de Paris são eficientes, mas é preciso tomar cuidado com batedores de carteiras. Não existe a venda de bilhetes diários, como em Londres. As passagens custam em torno de € 1,50;
- Para ir ao Château de Versailles, desembarque na Estação Montparnasse e lá pegue um outro até a Estação de Versailles-Rive Gauche. O valor do bilhete é de € 2,90;
- No primeiro domingo do mês, a entrada é gratuita na maioria dos museus de Paris. Para evitar filas na compra do bilhete do museu do Louvre, dirija-se à parte do museu onde estão os acervos culturais e históricos da América Latina. A bilheteria localizada nesta área do museu está sempre vazia. (atravesse a Avenida que corta a entrada princial do louvre – pirâmides – e siga à esquerda);

Viagem: 10/08/2009 a 13/08/2009
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sábado, 26 de setembro de 2009

Toujours là!

Salut, Brésil!

Caríssimos visitantes, este blog, apesar da inconstância das atualizações, continua tendo alguém responsável por ele. Retornar ao país de origem é um processo semelhante ao de repatriação. A correria é inevitável. Além de estar lidando com problemas de ordem cidadã (prefiro assim classificá-los), estou passando por um momento crucial vivenciado por todo universitário: completamente direcionado (durante os dias) e debruçado (durante a noite) à redação do trabalho monográfico, cujo tema será voltado às aréas do jornalismo e da literatura... Na medida do possível, tentarei retomar as postagens semanais do blog. Afinal, escrever aqui é quase um exercício mental. É prazeroso!
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terça-feira, 1 de setembro de 2009

Delícia de Sabor!

Souris de labo - © George Steinmetz/Corbis
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Esteja na Itália ou não, uma pizzaria sempre estará à vista. O prato tipicamente italiano se rendeu aos cardápios do mundo inteiro. A quantidade de sabores é proporcional ao número de redes e lojas que comercializam o "produto". Uma das maiores redes do mundo, a Pizza Hut, foi alvo de um escândalo no último mês de maio, mas somente agora o acontecimento chegou a conhecimento público.
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Mesmo tendo retornado ao Brasil, continuo acompanhando as notícias do Jornal mais importante de língua francesa na Bélgica, o Le Soir. Ao ler algumas notícias on-line da edição do periódico desta terça-feira, perdi, em pleno horário de almoço, a fome que já começava a me incomodar. Intitulada "Pizza à la souris morte", a notícia informava o fechamento de uma loja da rede de Pizzaria Hut, localizada em Paris, depois que uma pizza foi servida a um consumidor com um ingrediente nada desejável.

Qual a relação entre ratos e pizza? Nenhuma! Mas para uma loja da Pizza Hut da capital francesa um rato tornou-se o principal ingrediente de um pedido feito por um esfomeado consumidor. Ao começar a se servir, o ex-apreciador de Pizzas, verificou que havia um rato morto sobre o recheio. Será que a pizza era de queijo?! Imagino que o rato tenha retomado vida após os gritos de pânico de quem presenciou a cena.

Uma notícia como esta pode ser encarada com ceticismo pelos admiradores do Primeiro Mundo, mas não por quem conhece os bastidores de uma Europa que possui problemas tão semelhantes àqueles que podem ser, também, encontrados por aqui. As preocupações relacionadas, por exemplo, às más condições de higiene em bares e restaurantes é uma constante vivenciada por quem conhece a fundo o Velho Continente. É necessário viver um pouco da realidade européia para constatar que, às vezes, nem tudo aquilo que "reluz é ouro".

Notícia publicada pelo Jornal Le Soir, da Bélgica:
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Pizza à la souris morte : un Pizza Hut fermé à Paris

Un magasin parisien de la chaîne internationale Pizza Hut, dont un client avait trouvé une souris morte sur sa pizza en mai dernier, a été fermé lundi par les autorités pour des problèmes d’hygiène persistants, a-t-on appris mardi de sources concordantes. Un inspecteur des services vétérinaires s’est rendu vendredi de façon impromptue dans le restaurant et a constaté « la très forte présence de souris », d’après le délégué, qui évoque encore une grande tension entre les salariés et les managers. (Le Soir - Le 01\o9\09)
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sábado, 29 de agosto de 2009

O Retorno

Eu e minhas pupilas - Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia (16/08/09)

"Eu ainda me sinto um estrangeiro na Pátria!"

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Fuso Horário - Alguns dias já se passaram, desde o meu retorno, e, aos poucos, estou retomando algumas atividades e dando início a outras. Por enquanto, não me adaptei ao confuso fuso horário e, às vezes, me pego cochilando às 8 da noite. Ir dormir cedo tem uma vantagem: não preciso mais programar o despertador. Às 7 da manhã, já estou de pé. Às vezes, até antes. Me vejo ainda preso à rotina na Bélgica. A prova é que ainda não ajustei os horários do meu celular e computador. Ontem, uma pessoa me perguntou quantas horas, e eu disse: "11 da noite, senhor!" Não percebi que havia fornecido o horário da Bélgica e nem ele, de imediato, se atentou ao que ouvira. Segundos depois, após olhar para o céu e ver o dia ainda claro, o senhor voltou a falar comigo e retrucou: - "11 da noite?" Tive que rapidamente subtrair mentalmente 5 horas do horário que havia dito e retificar a informação gratuita que acabara de passar;

Padaria - Pão de queijo, biscoito de queijo, broa, rocambole? Sim, tudo isso é muito gostoso. No entanto, depois de ter experimentado as delícias vendidas nas 'viennoiseries' belgas durante um ano, tenho tido dificuldade para me readaptar aos gostos do café da manhã goiano. Pães ao chocolate, Croissants e Gauffres, delícias que compõem às mesas durante o petit déjeuner na Bélgica, fazem muita falta ao meu estômago e paladar;

Televisão - 12 meses sem assistir TV. Ou melhor, 12 meses e duas semanas. Felizmente, não tenho me rendido às 'tentações' de sentar-me em frente a TV e deixar ser hipnotizado pelas atrações do Meio de Comunicação Frio*, representado pela Televisão. A internet tem sido o meu principal meio de informação. É impressionante como nada mudou na TV brasileira! Apresentadores de telejornais continuam os mesmos, a grade de programação continua a mesma, até o BG do programa do Luciano Huck continua o MESMO... Prefiro o morno (internet) ao frio (TV);

Trânsito - Quando criança, queria ser motorista de ônibus. Talvez isso explique o motivo pelo qual brinquei de carrinho até os 12 anos de idade. Os anos se passaram, cresci, os ônibus de brinquedo viraram carcaças, mas a fascinação pelos modelos e marcas continuam me fascinando na mesma medida que admiro os aviões. A vontade de tornar-me motorista, felizmente, não faz mais parte dos meus objetivos profissionais, mas conservo a paixão por dirigir. Depois de um ano sem saber o que é trocar marcha e pisar o pé no acelarador, retornei às pistas de Goiânia e, praticamente, tenho passado a semana inteira no volante. Não é atoa que meu nome é Ailton, uma adaptação ao nome do saudoso campeão das pistas de corrida, Ayrton Senna... E, assim, aos poucos vou me rendendo à nova rotina e me readaptando às coisas antes adaptadas.

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"Que o tempo passe rápido para que o futuro chegue depressa!"

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Na próxima postagem, os detalhes de PARIS!
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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Centro Europeu

No CENTRO da "Heroe's Square", em Budapeste
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É preferível esquecer um pouco que estou de retorno ao Brasil e continuar falando sobre minhas últimas aventuras na Europa. Psicologicamente, este é um exercício agradável, principalmente, para quem, como eu, lamenta durante as 24 horas do dia do fato de ter retornado. Minhas últimas semanas na Europa, que coincidiram com o período de férias e término das atividades vinculadas ao estudo na universidade, não poderiam ter sido melhores: Viagens.
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O número de viagens feitas nas últimas semanas me rendeu alguns souvenirs um tanto quanto inusitados: calos nos pés. Ao final da viagem à Europa Central, momento em que visitei três países em 6 dias (República Tcheca, Hungria e Eslováquia), já estava pedindo arrego. O cansaço era aparente e nem mesmo as atrações das cidades me atraiam mais. Era o momento de voltar para o meu sossego na Bélgica (Liège) e começar, de lá mesmo, a me despedir da Europa.
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As últimas viagens tiveram um clima nostálgico. O meu inconsciente já começava a dizer "Au Revoir" para os lugares, para as aventuras. A data de retorno já estava próxima e a vontade que tinha era a de parar o relógio. Mas, quanto mais lento desejava que o tempo passasse, mais rápido os ponteiros deslocavam. Era o 15 de agosto que se aproximava.
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No Centro da Europa - Antes de tudo, uma aula de geografia. República Tcheca, Polônia, Hungria, Eslováquia e Áustria não fazem parte do "leste europeu", como costumam dizer em sites de dicas de viagens das comunidades de relacionamento na internet, a exemplo do Orkut. Esses países estão, na verdade, bem no centro da Europa. Se quiser ir à leste, embarque rumo a Romênia e a outros países situados um pouco mais a direita do mapa-mundi.
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De retorno do Sul da França, a intenção era embarcar no mesmo dia rumo a Praga. No entanto, com ou sem praga, acabei perdendo o voo e tive que remarca-lo para o dia seguinte. Resultado: tive que desembolsar 50 euros para poder seguir viagem no dia posterior (as companhias low cost não perdoam mesmo no valor cobrado pelas taxas); Em 6 dias, visitei três capitais européias: Praga, Budapeste e Bratislava. Com um dia a menos, não tive tempo suficiente para conhecer a bela e encantadora cidade de Viena, capital da Áustria.
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Em comum, os países do centro têm as marcas de um regime comunista recente. Ao mesmo tempo, simbolizam a rendição total dos países europeus ao sistema capitalista. Em Praga e Budapeste, é possível encontrar parques e museus dedicados à história do comunismo. Ao visitar esses lugares, não fique assustado se encontrar lojas do MC Donald's dividindo o mesmo espaço. É o ecumenismo econômico...
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As arquiteturas das cidades são diversificadas se comparadas a outras capitais européias. O novo é clássico e o antigo é moderno. Em Praga, faz parte do tour a exploração arquitetônica da capital, tamanha sua riqueza e importância. Também é lá que está localizado uns dos maiores castelos da Europa, o Prague Castle, o museu dedicado ao grande escritor tcheco, Franz Kafka, e a pobre e pequena réplica da Torre Eiffel. Se, em Paris, a Torre Eiffel representa a potência da França perante as demais nações, a sua raquítica réplica em Praga, na República Tcheca, representa o início do desenvolvimento de um país, que, apesar de estar na tão sonhada europa, tem índices de pobreza semelhantes aos encontrados no Brasil.
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Agora, visitar Budapeste é o mesmo que ir ao supermercado e encontrar uma promoção da espécie leve 2 e pague 1. A cidade que, no passado, era dividida em Buda e Peste possui um clima romântico comparado a Veneza e Paris. Observar a capital do alto do Castelo de Buda, às margens do Danúbio, e aguardar o pôr-do-sol é um convite para um espetáculo gratuito da natureza. Se do lado Buda, o forte é o castelo, do lado Peste as maiores atrações são as termas medicinais e a Praça dos Heróis. Reservar um dia inteiro para visitar cada um dos lados da capital Húngara é o suficiente para sentir o que de melhor a Hungria tem para oferecer.
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Desculpem-me os apaixonados pelo turismo goiano, mas a capital da Eslováquia é tão sem atrativos quanto a capital goiana. A diferença é que lá existem alguns palácios e castelos. Existem, mas estão fechados para a visitação pública (reforma). Caminhar pelo centro histórico da cidade durante um período do dia já é o suficiente para dizer que Bratislava foi inteiramente visitada. O que se vê em Bratislava, vê-se em qualquer cidade européia. A capital não está preparada para o recebimento de turistas e conseguir informações é um "Deus nos acuda".
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Informações Úteis:
- As capitais do centro Europeu são próximas umas das outras. Para se deslocar de uma a outra, é interessante fazer o trajeto de ônibus. Existem duas companhias low cost na região que oferecem serviços de qualidade. As empresas são OrangeWays e StudentAgency. É preciso reservar as passagens com antecedência. Os ônibus são novos e contam com serviço de bordo;
- O aeroporto de Bratislava, operado pela Companhia Ryanair, fica na própria capital da Eslováquia e não na cidade de Viena, como pode ser interpretado no site da companhia;
- A moeda da Eslováquia é o Euro. Na República Tcheca é a Coroa e na Hungria é o Forint. As duas últimas possuem valores enormes e são moedas difíceis de lidar pelo número de zeros que possuem;
- Não dê uma de Joãozinho sem braço ao andar no transporte público de Praga e Budapeste. Os fiscais são muitos e estão para todo lado. Nunca esqueça de autenticar o ticket antes de embarcar em ônibus e metrôs. As multas são salgadas e, ainda que seja turista, os fiscais não perdoam;
Viagem: 27/07/2009 a 01/08/2009
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sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Le Dernier Post

"Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi", trecho da música Emoções, de Roberto Carlos.

É chegada a hora de fazer o trajeto de volta ao Brasil. Apreensão, medo, saudade, expectativa, tristeza, alegria e a certeza de que o Ailton que em breve desembarcará em Goiânia não se trata do mesmo Ailton que há 11 meses e três semanas deixou o país para vir estudar no exterior. Depois de uma experiência enriquecedora, como a que tive oportunidade de viver, graças à generosidade de minha mãe, a quem devo um MERCI BEAUCOUP por toda a minha vida, é impossível que eu me considere a mesma pessoa.

Além de retornar com excesso de peso (engordei 8 kilos em quase um ano – motivos: chocolates, cerveja e batata-frita) e com excesso de bagagem (reduzir em duas malas de 32 kilos tudo o que foi adquirido durante um ano não é nada fácil), retorno com o sentimento de missão cumprida e com planos futuros que, sem dúvida, me trarão de volta ao velho continente.

É chegada a Hora do Desembarque... Momento de arregaçar as mangas e seguir adiante! Partida da Bélgica: 19h - hora local ( 14h / horário de Brasília) – Chegada: 10 horas – hora local (15 horas, horário da Bélgica);

P.S.: Sem tempo para escrever, em virtude das viagens que fiz nas últimas semanas, minhas postagens ficaram em atraso. Postarei nas próximas semanas minhas impressões sobre a Europa Central (República Tcheca, Hungria e Eslováquia) e sobre a grande PARIS. O título do blog "Salut, Brésil" permanecerá, apesar do meu retorno.
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sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Ah... O Sul da França - Côte d'Azur

À beira do Mediterrâneo - Praia de Saint-Maxime (Côte d'azur française)

A Europa sempre esteve associada ao tempo frio, ao inverno. Talvez, isso explique o porquê fiquei espantado ao sentir a chegada do calor durante o verão aqui no hemisfério norte. O hábito de vestir diariamente duas, três blusas de frio foi rapidamente substituído. Camisetas e shorts tiveram que ser resgatados do fundo do guarda-roupa. Afinal, aguentar temperaturas de 35 graus de gorro e cachecol não faz parte da natureza humana. O sol realmente resolveu liberar seus raios. É até estranho assistir os programas de previsão do tempo é ver índices de 30, 38 graus previstos para algumas regiões daqui.

Graças ao calor, tive oportunidade de ir conhecer um dos cantos mais bonitos do mundo: a Costa Azul do Sul da França, banhada pelo Mar Mediterrâneo... e, porque não dizer também, mais 'chiques' do mundo, como a cidade de Saint-Tropez, vilarejo turístico visitado por centenas de celebridades internacionais. A viagem de sete dias não podia ter sido melhor. Valeu a pena substituir uma categoria de turismo que vinha fazendo há meses, a de turismo desbravador, para me lançar a um programa que, até então, acreditava ser tipicamente brasileiro: juntar as traias e ir em direção ao mar.
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Visitar o sul da França me rendeu, também, uma outra visão do que representa um país de primeiro mundo. França não é somente Paris, modernidade e glamour. Um dos pilares de sua economia é a agricultura. Em alguns momentos, durante a viagem, pensei que estivesse percorrendo rodovias do interior goiano. O número de propriedades rurais e pequenas vilas encontradas pelo percurso me revelou um país extremamente simples e "ricamente" encantador.
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Autoroute du Soleil - Depois de viajar mais de 1.200 kilômetros, desembarquei na cidade de Saint-Aygulf, no sul da França. A viagem foi extremamente cansativa em razão do calor e da grande quantidade de engarrafamento encontrado durante todo o percurso feito pela "Autorote du Soleil", como é chamada a Rodovia do Sol, que leva os turistas em direção à Costa Azul Francesa.

Sacrifício que vale a pena. Desafiar a rodovia do sol é como seguir as linhas de um arco-íris na expectativa de encontrar um pote de ouro. A diferença é que a destinação da Autoroute realmente oferece a quem se arrisca a passar por ela uma recompensa que não há dinheiro no mundo que pague. A riqueza natural da região, a simplicidade de cada vilarejo, o canto da cigarra, o calor intenso, as rajadas de vento e as belíssimas praias são apenas algumas descrições resumidas daquilo que meus olhos viram e meus ouvidos escutaram. Um dia espero retornar ao mesmo local e reviver os momentos de 'bonheur' e descanso que a Côte d'Azur me proporcionou.

Para constar - Listarei alguns locais imperdíveis a serem visitados no Sul da França. Incrivelmente, são os locais que tive a felicidade de conhecer: Fréjus, Saint-Raphaël, Saint-Aygulf, Roquebrune-sur-Argens, Saint-Jean, Sainte-Maxime, Port Grimaud, Gassin, Ramatuelle, L'escalet, Saint-Tropez e Saint-Michel;
Viagem: 17/07/2009 a 25/07/2009
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sexta-feira, 17 de julho de 2009

Comunicado de Férias

O blogueiro que vos escreve informa aos milhares de vistantes do blog que, possivelmente, durante as duas próximas semanas, as atualizações não serão constantes como d'habitude. Aqui, na Europa, o verão está intenso e isso significa VACANCES. Embarco, na tarde de hoje, caros leitores, em direção à costa azul no sul da frança. Em seguida, partirei rumo a outros quatro países localizados na Europa Central: República Tcheca, Áustria, Hungria e Eslováquia. Toda a aventura será feita no período de duas semanas. Enquanto não houver novas atualizações, não deixe de visitar o blog e reler postagens anteriores.
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A très bientôt!!!
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quinta-feira, 16 de julho de 2009

Londres - o título da postagem dispensa complementos;

Abraçando a capital londrina - Londres 01-04/07/2009

Depois de conhecer a Irlanda e aventurar em terras Escocesas, foi a vez de desembarcar em Manchester, na Inglaterra, e percorrer o caminho em direção a Londres. A curiosidade era saber se a capital londrina é realmente tudo aquilo que dizem sobre ela. Apesar do pouquíssimo tempo que fiquei em Londres (apenas três dias), reforçarei o coro daqueles que afirmam que a cidade é mágica. "Londres é mesmo o máximo", confirmo.

À medida que o tempo passa e o momento de retornar ao Brasil se aproxima, tenho me tornado ainda mais apegado aos 'affaires' europeus, no sentido de permitir que cada cidade que visito tenha um significado ainda mais especial. Passei as duas últimas semanas (período pós-Londres) com uma vontade imensurável de me mudar para a capital inglesa e morar por lá durante alguns meses. O mesmo sentimento foi constatado depois da viagem à Roma. O retorno do sintoma faz com que eu acredite ser portador de uma síndrome a qual resolvi batizar de "Síndrome da vontade de habitar capitais européias pós-experiências turísticas". O nome é tão extenso que dispensa qualquer tipo de explicação sobre os sintomas vividos pelos portadores... Nas próximas semanas, visitarei Praga, Viena, Budapeste, Bratislava e Paris. Espero poder controlar a síndrome ao passar por essas capitais.
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A experiência londrina foi tão rápida e profunda que eu teria me contentado em visitar a cidade e ter visto apenas algumas das dezenas de seus cartões-postais, como o Big Ben e a London Eye. Londres é tão grande que é impossível fazer o tour pela cidade a pé. Aliado ao fato da cidade ser imensa, tinha um inimigo bastante recorrente nas viagens que faço: o tempo. Para conseguir conhecer ao menos algumas das mais importantes atrações, tive que recorrer ao Day Travel Card, um passe que permite a utilização do serviço de metrô de Londres durante o dia todo. As inúmeras subidas e descidas de escadas das estações de metrô, os chamados "underground", me revelaram uma Londres subterrânea, uma outra cidade edificada sob ruas estreitas e movimentadas.

Impressões - Ao contrário do que imaginava, os ingleses são educados e muito prestativos. Não tive problemas para conseguir informações e, todas as vezes que precisava conseguí-las, não foi difícil arrancá-las das pessoas, ainda que eu não tenha encontrado NENHUM posto de informação turística na cidade (um absurdo para uma capital do porte de Londres, que recebe um grande número de visitantes).

Em relação à cidade, Londres se assemelha a Londres. A cidade não recorda nenhuma outra. É única! O Reino Unido não existiria sem ela. A capital inglesa, conhecida mundialmente pela pontualidade, apesar dos atrasos que pude testemunhar na espera de metrôs e ônibus, atrai e encanta. Nem mesmo a agitação típica de grandes centros urbanos consegue tirar o brilho londrino encontrado em qualquer quarteirão da cidade, seja na Oxford ou Piccadily Street, na London Eye, na House of Parlament, no Big Ben, na Tower Bridge, no City Hall, na Tower of London, no Buckingham Palace, no Royal Observatory Greenwich, no Madame Tussauds e demais museus espalhados pelos cantos da cidade, onde habita Elisabeth.
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See you soon, London!
Viagem: 01/07/2009 a 04/07/2009
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quinta-feira, 9 de julho de 2009

'Standing’ flights












Modelo de 'poltrona' a ser adotado pela Companhia Ryanair ***************************************************************************** Boeing 737-800 - Aeroporto de Charleroi / Bélgica

A maior companhia aérea Low Cost da Europa, Ryanair, voltou a me surpreender ao divulgar em sua página da internet a notícia de que, em breve, fará uma pesquisa de opinião junto aos usuários para saber se estes são ou não favoráveis a pagar um valor ainda mais baixo pelas passagens. Até aí, nenhum problema! Afinal, quem não gosta de um desconto, de uma pechincha. O fato é que a empresa pretende instalar uma espécie de encosto vertical em suas aeronaves para permitir que passageiros possam viajar em pé e, assim, pagarem apenas 50 % do valor total do bilhete.

A companhia justificou sua intenção afirmando que empresas de ônibus e trens comercializam grande número de passagens e, por isso, permitem que passageiros façam todo o trajeto em pé. Ainda não se sabe ao certo se a empresa adotará tal medida, já que, primeiro, ela fará uma enquete junto aos passageiros para saber qual a opinião destes sobre a nova opção de viagem pela companhia. Independente de qual seja o gosto do público e da opinião dos órgãos reguladores da aviação civil na Europa o certo é que, pela segunda vez, em menos de 3 meses, a companhia atrai para si a atenção da opinião pública e consolida seu marketing. Marketing espontâneo que é lançado aos consumidores justamente durante o verão europeu, período em que milhares de pessoas estão nas chamadas "vacances" e aproveitam o tempo de férias para viajar.

Sem dúvida alguma a proposta da empresa é bastante inusitada. Por inúmeras vezes, em viagens que fiz a Itália, Irlanda, Portugal, Polônia, Escócia e Inglaterra, optei pela Ryanair para economizar no orçamento e poder gastar o dinheiro que seria destinado à compra de passagens aéreas durante o turismo nas cidades visitadas. Algumas passagens, acrescidas de taxas de cartão de crédito, chegaram ao valor de míseros 12 euros. Valor extramente baixo se comparado ao de outras empresas, sejam aéreas ou não.

Não sou contrário à intenção da companhia e gostaria muito de estar ainda na Europa para desfrutar de uma viagem aérea feita 'em pé'. Se sentado o pouso e a decolagem já são emocionantes, imagino qual deve ser a sensação de passar pelos dois momentos do voo estando em pé no avião... E você, caro leitor, pagaria mais barato para fazer um itinerário aéreo nas novas poltronas dos boeing´s da Ryanair?
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'Presidente' oferece 'presente' durante 'presença' no G8

Foto: Agência AP (Associated Press)

O Popular Presidente Brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, mais uma vez teve sua imagem e nome publicados nas edições de hoje dos jornais da Bélgica, após ter presenteado o Líder dos Estados Unidos, Barack Obama, com uma camiseta oficial da seleção brasileira autografada por todos os jogadores. Além do presente ter sido oferecido em um momento inoportuno (durante o encontro do G-8, na Itália), o Presidente Estadunidense, que teve sua reação captada por fotojornalistas, parece ter achado um verdadeiro presente de grego a lembrança oferecida por Lula.

Recentemente, o Brasil venceu o time dos Estados-Unidos por 3 a 2 pela Copa das Confederações. Esta seria uma provocação de Lula ou apenas uma forma de destacar não a soberania brasileira, mas a seleção do país que, inacreditavelmente, tem um número espetacular de jogadores que atuam no exterior?! Lula parece estar mais preocupado com os problemas e as conquistas da seleção de futebol e pouco ligado aos problemas enfrentados pela seleção da fome, do desemprego, entre outros "times" rebaixados pela própria política do país.

Entre vitórias e derrotas quem continua sempre perdendo é o cidadão. Por que, ao invés da camisa oficial da seleção, Lula não presenteou o líder americano com uma bandeira do Brasil autografada pelos Deputados e Senadores do Congresso Nacional? Este não seria um presente mais coerente, quando oferecido por um Chefe de Estado? A política brasileira precisa ser encarada a sério e não como um "pagode pós-jogo da seleção".

Ao noticiar a entrega do presente de Lula à Barack Obama, o jornal Le soir, o mais importante de língua francesa na Bélgica, ironizou o presidente Lula com o seguinte título: Obama, o homem que suporta o Brasil.
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P.S.: A sonoridade do título da postagem foi proposital;
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quarta-feira, 1 de julho de 2009

ROMA - AMOR à cidade!

Roma - Foi como se eu tivesse descoberto a máquina do tempo e feito uma viagem com destino ao Passado. Esta foi a sensação ao visitar a cidade de Roma, na Itália. Roma possui uma beleza singular e uma história ímpar. Percorrer as ruas da cidade, visitar as ruínas do antigo império, sentar-se nos bancos das belas praças e entrar nas inúmeras igrejas espalhadas pela cidade no intuito de apreciar as obras de arte de artistas conhecidos mundialmente parecem coisas simples, mas fazem toda a diferença ao conhecer uma cidade em que a atração maior é a própria história, o passado. História contada em filmes e livros que atrai e encanta todos os visitantes. Por isso, quem visita ROMA declara seu AMOR à cidade.

Recentemente, li uma frase em um site da internet que dizia que o mundo só acabará quando as últimas ruínas de Roma estiverem todas no chão. Se este pensamento for válido, acredito que teremos mais dois mil anos pela frente. Visitar o Coliseu, o Fórum Romano e o Palatino, principais pontos turísticos da parte antiga de Roma, e ver estátuas e construções, algumas delas datadas de anos Antes de Cristo, é acreditar nos livros de história e perceber que nem a forte ação do tempo foi capaz de destruir edificações levantadas séculos atrás.

Os legados que Roma deixou para a humanidade são surpreendentes. O maior deles: o conceito de civilização, ainda que os motoristas da cidade não sejam tão civilizados. Atravessar as ruas é a maior dificuldade que um turista pode enfrentar ao visitar Roma. As faixas de pedestres e os semáfaros são apenas decorações urbanas, dificilmente respeitados pelos motoristas. Por isso, a primeira coisa a se aprender ao visitar a capital da Itália é o "jeito romano" de atravessar a rua. Para os que têm fé, fazer um sinal da cruz antes da travessia ajuda e, às vezes, até encoraja. Em seguida, é preciso encher o peito de ar, olhar para frente (não adianta olhar para os lados) e começar a travessia. Jamais espere pelo semáfaro! Outro detalhe interessante na forma italiana, mas, especificamente, romana de dirigir é o quanto a buzina é apreciada pelos condutores. As ruas são verdadeiras orquestras automotivas.

Vaticano - Quem dera o catolicismo fosse semelhante ao islamismo no sentido de obrigar a todos os fiéis a visitarem uma vez na vida o Vaticano, a Meca Católica instalada no coração de Roma. Não obrigatoriamente é preciso ser católico para ir ao Vaticano. Pelo contrário, a riqueza cultural e artística presente no interior da Basílica de São Pedro e no próprio Museu do Vaticano atraem turistas e fiéis das mais diversas religiões do mundo. É curioso e interessante perceber o ecumenismo involuntário presente no "seio" da Igreja Católica Apóstolica Romana. A igreja mostra sua face maternal ao conseguir aglomerar em um só espaço pessoas dos mais diferentes credos. Mas, para um católico que visita o Vaticano, a ida tem um sentido/significado diferente. É impossível não sair da Praça de São Pedro ainda mais Católico depois da experiência quase espiritual (para quem acredita) chamada VATICANO.

Dicas
*Esteja preparado para enfrentar filas nas bilheterias dos maiores pontos turísticos de Roma. Os ingressos para o Coliseu valem também para o Fórum Romano e Palatino. É preferível adquirí-lo no Palatino onde as filas são menores.
*Outros pontos turísticos fortes de Roma são suas Piazzas e Igrejas, que conservam histórias e acervos incríveis. (informações serão atualizadas em breve)
*No Vaticano, é imprescindível visitar a Basílica de São Pedro e as Tumbas dos Papas. (entrada gratuita). Outra riqueza está no Museu do Vaticano. As filas são imensas e o museu é enorme. A entrada é gratuita somente no último domingo de cada mês. Estudante paga meia nos demais períodos.

P.S.: O blogueiro que vos escreve está a caminho de Londres. Até a próxima semana!

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quinta-feira, 18 de junho de 2009

Quem tem Boca vai / vaia ROMA. Prefiro ir a vaiar!

"Agora, estou no passado, eu cheguei na primeira cidade do Mundo", disse Goethe quando visitou ROMA em 1786;

Faltam menos de quatro horas para eu começar a trilhar os caminhos que me levarão a Roma. A jornada será longa. Sairei de Liège às 15h20, hora local (10h20 - horário de Brasília), e só desembarcarei amanhã, às 9h 30 (4h30 - h.B), em Roma. As etapas que me levarão até o berço da civilização serão muitas. Novamente, só não utilizarei o meio de transporte fluvial para chegar a um destino, já que estão previstos percursos, em determinados trechos, que serão feitos à pé, de ônibus, de trem e de avião.

De Liége (norte da Bélgica) partirei de trem e, em seguida, de ônibus em direção à cidade de Charleroi (região central do país). Embarcarei, no início da noite, em um voo com destino à cidade de Milão, na Itália. Será justamente no aeroporto de Bergamo (Milan) que passarei a noite de hoje. Há 10 meses estudando e viajando, quase uma vez por mês, para um país diferente da Europa, já tenho conhecimento de sobra a respeito da confortabilidade de alguns aeroportos. Na realidade, de hotel conheço pouco. Quase não tenho referências. Mas, caso alguém precise de informações sobre os serviços disponíveis em estações de ônibus, de trem e em aeroportos de algumas localidades da Europa, favor me contactar. Possivelmente, poderei opinar se as cadeiras são macias ou não. Se o local é seguro e conta com aquecedores ou se o piso é limpo suficiente para poder se esparramar sobre ele durante a noite.

Mas, como dizia o filósofo Bambam, "faz parte"! O importante é viajar, com ou sem dinheiro, e conhecer, invadir os costumes e a cultura de outros países. No entanto, para que a imersão seja total, é salutar que se pesquise um pouco da história do país, antes de embarcar em direção a ele. Foi, justamente, isso que fiz. Para tornar ainda mais interessante minha viagem à histórica Roma, não poderia ter deixado de revisar seu legado histórico. Acessei inúmeros sites, revi cena de filmes, como O Gladiador, e mergulhei, sem mesmo estar em Roma, nos mitos e lendas que contam a história de sua criação.

Além da espectativa de ver de perto as ruínas do antigo Império Romano, estou ansioso para conhecer todos os cantos do Vaticano. Espero, no próximo domingo, participar da audiência pública do Papa, às 12 horas, direto da Praça de São Pedro, na Hora do Angelus. Com certeza, se o Sumo Pontífice estiver por lá, será um grande momento... Retornarei da Itália na próxima terça-feira e, sem dúvida, trarei valiosas informações sobre a viagem. Até lá!

P.S.: (Sobre a postagem anterior) Depois do amargo gosto da reprovação experimentado na última sexta-feira, tive o doce gosto da aprovação na apresentação realizada na última terça-feira.
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sexta-feira, 12 de junho de 2009

Amargo gosto da Reprovação

Quase 50 anos. Esta deve ser a faixa etária de um professor, o qual faço questão de não mencionar o nome, magro, alto, com tosse constante e uma voz que denuncia o seu frequente hábito de fumar. O Doutor, um dos titulares do Departamento de Audiovisual do setor de Comunicação e Informação da Universidade de Liége, ficou responsável pela leitura do meu dossiê contendo análise de 12 filmes (3 mudos, 3 clássicos, 3 modernos e 3 contemporâneos).

Hoje, sexta-feira (12/06), 9 da manhã, foi agendada a argüição oral. Momento em que eu teria que apresentar a análise dos filmes, explicitar suas características, de acordo com as teorias do cinema e de alguns movimentos cinematográficos que surgiram a partir dos anos 20. Tendo o conhecimento prévio do que falaria e um roteiro imaginário já gravado na memória, adentrei a sala do professor, trajando social, com alguns papéis de anotações e um dicionário de francês em mãos, que seria utilizado em caso de emergência "vocabulorial".

Pontualmente, às 9 da manhã, fui chamado. Ao entrar na sala, a primeira surpresa. O professor que me aguardava não era o simpático Phillipe Dubois, quem havia me orientado. Era um professor desconhecido. Semblante sério, fechado e pouco sociável. Minha primeira reação foi dizer: "Bonjour", aguardando ser saudado da mesma forma. O que não aconteceu. Ele foi direto e disse: "Je vous écoute. Vous avez 45 minutes". - Eu o ouço. Você tem 45 minutos -.

Mal sabia o que me esperava. Foram os 45 minutos mais tortuosos e trágicos da minha jornada acadêmica. Esta não foi a minha primeira apresentação oral em francês sobre um determinado assunto. Pelo contrário, por ter adquirido experiências anteriores, me sentia seguro para mais uma apresentação. No entanto, a medida que eu apresentava a análise de um filme e discorria sobre os elementos teóricos presentes em sua montagem, narração, enredo, etc, o professor retrucava dizendo que eu cometia sérios equívocos ao fazer algumas colocações. Ele foi capaz de dizer que estávamos em duas situações adversas. Lingüística (devido o meu acento ao falar francês) e teórica (sugerindo que as minhas análises não haviam se baseado nas teorias de David Bordwell e Kristin Thompson, autores do livro "A arte do filme"), algo que não procedia.

As constantes observações negativas feitas pelo professor (começou a questionar inclusive a fonte que utilizei ao redigir o trabalho no word), sua seriedade ao acompanhar a apresentação e sua astúcia ao se posicionar contra, fez com que ao poucos eu fosse desacreditando na qualidade de minhas próprias análises. Em certo momento da apresentação, após ser enfaticamente questionado sobre a veracidade de uma informação, cheguei a abrir o livro e mostrar a teoria a ele. Obviamente, ele se sentiu afrontado e não foi muito simpático com o meu gesto. A sala tornou-se uma arena. O objetivo dele era me colocar em contradição. Aos poucos, a minha tranquilidade deu espaço ao nervosismo. As palavras em francês já não eram pronunciadas facilmente e o meu raciocínio ao fazer a tradução português/francês em pensamento para dar continuidade ao discurso já apresentava falhas.

O stress foi tão grande que finalizada a minha apresentação e dado início às perguntas, não sabia dizer nem mesmo quais eram as unidades articuladoras da linguagem cinematográfica (pergunta considerada simples no âmbito da Teoria do Cinema). Havia, naquele momento, decretado a minha reprovação. De um total de 20 pontos, onde o mínimo para aprovação é 12, consegui, na concepção e avaliação do, então, temido professor, alcançar 10 pontos. Apesar do amargo gosto da reprovação, sei que, em todas as situações, mesmo me esforçando para fazer e ser sempre o melhor, as coisas podem dar certo ou não. É uma questão de ser maduro suficiente para aceitar as derrotas e coragem em sobra para encarar os novos desafios. E o próximo já tem data certa. Será na próxima terça-feira, dia 16.

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segunda-feira, 8 de junho de 2009

Votar ou NÃO? Eis a questão!

Voter pour qui, pourquoi? Tout les mêmes! / Devoir civique accompli. Le choix des petits comiques qui nous dirigeront durant 4 ans. (Mensagens redigidas no MSN de alguns contatos belga)

Os europeus foram às urnas no último final de semana para decidir os partidos que vão ocupar as cadeiras da Comissão Européia e eleger os deputados que ocuparão a bancada política dos países nos próximos quatro anos. Apesar da cobertura midiática sobre as eleições e dos apelos públicos lançados pelos partidos, a população, de forma geral, parece não ter se interessado pela política. Desta vez, a frieza e a indiferença européia foi mostrada nas urnas. Prova disso são os altíssimos índices de abstenção registrados nas eleições deste ano.

O sentimento da população em relação a política é o mesmo que pode ser percebido no Brasil. De um lado, os partidos tentam convencer uma minoria, que ainda acredita no caráter político, sobre suas ideologias e planos de governo mirabolantes. De outro, a maioria da população, que já não mais acredita na idoneidade de seus representantes, prefere abdicar do direito de votar por não vislumbrar mudanças significativas, mesmo tendo, em suas mãos, a oportunidade de fazer com que haja alguma renovação do poder.

O problema é que o eleitorado já apostou em mudanças, mas elas não ocorreram com a mesma intensidade que foram prometidas. O resultado não poderia ser diferente. Segundo informações da Emissora de TV France 2, o indíce de abstenção nas eleições européias deste ano cresceu absurdamente em muitos países. A Eslováquia registrou 80,4% de abstenção, seguida por 79,2% registrado na Lituânia. O ranking de países com maior número de abstenção é seguido pelo Reino Unido (65,2%), França (59,5%), Alemanha (57,8%) e Itália (36,3%). Bélgica e Luxemburgo, países onde o voto é obrigatório, sob pena de pagamento de multa, registraram 14,2% e 9 % de abstenção, respectivamente.

A desmotivação que contamina o eleitorado - como pode ser observado nos índices mostrados - cresce na mesma proporção em que a corrupção domina o meio político. A força da relação "político x eleitor" vem perdendo sua atração desde que a política passou a ser uma atividade lucrativa. Seus representantes se tornaram oradores de palanque e os poucos que ainda se convencem frente a discursos inflamados entregaram-se à participação política como fantoches eleitorais. Enquanto isso, a grande maioria aguarda a vinda do Messias. Alguém que mude a desacreditada imagem política, manchada, inacreditavelmente, por quem deveria zelar por ela.

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sexta-feira, 5 de junho de 2009

Un autre Brésil en Europe*

Envie d'apprendre le portugais brésilien? Cours par SKYPE: http://apprendreleportugaisdubresil.blogspot.be/

Toutes les années beaucoup de brésiliens partent à l’étranger avec l’intention de travailler et étudier. Après l’arrivée dans le pays d’accueil, ils découvrent une autre culture très différente du pays dans lequel où ils vivaient. Mais, pour beaucoup d'entre eux, c'est l'occasion de découvrir "un autre Brésil" en Europe

Ailton Sobrinho - * Reportagem produzida para o curso de Técnicas do Jornalismo - Universidade de Liège / Bélgica
Le Brésil est en Belgique. Vendredi, à la fin d'après-midi. Un groupe de Brésiliens s’est réuni dans un des quartiers les plus connus pour eux à Bruxelles : Hirondelles. Le territoire « Som Brasil », comme il est appelé par ceux qui fréquentent cet endroit, est le point de rencontre de beaucoup de Brésiliens qui vivent en Belgique, principalement pendant le week-end. Le tambourin, un instrument musical très populaire au Brésil utilisé pour jouer le « samba », se partage l'espace d’une table d’un bar avec une dizaine de verres de la boisson la plus appréciée en Belgique, la bière. « Samba et bière, c'est une combinaison parfaite. C'est le mariage de la culture belge avec la culture brésilienne », affirme un des Brésiliens présents, qui a préféré ne pas révéler son nom, parce que son séjour dans le pays est illégal.

Les rencontres de Brésiliens à Bruxelles, ville de la Belgique qui concentre la grande majorité de brésiliens dans le pays, d’après les informations du Consulat du Brésil en Belgique, sont fréquentes. Même éloigné du pays d'origine, ils essayent de rançonner quelques manifestations culturelles qu’ils ont laissées dans leur patrie. Les groupes « Capoeira », les « Roues de Samba » et les fêtes « Juninas » sont quelques marques culturelles du Brésil qui peuvent être trouvées dans la capitale belge. C'est à Bruxelles où se concentrent aussi beaucoup de magasins avec de produits brésiliens. Marcher le long de la Rue des Hirondelles, à Bruxelles, c’est se sentir au Brésil lui-même. La présence constante des Brésiliens, attirés par les magasins qui vendent des produits venus du Brésil, comme « Guaraná Antártica », l’haricot noir, « Farine Yoki » et le chocolat « Sonho de Valsa », fait de ce lieu un autre point de rencontre des Brésiliens.

Pour Fernanda Silva, 34 ans, qui préside une petite organisation de soutien pour les Brésiliens qui vivent à Bruxelles, la réalisation d'événements est fondamentale pour l'intégration des immigrés. « C'est un moment d'échange d'expériences, de se confier, de sentir la chaleur du Brésil en Europe », affirme-t-elle. Après avoir vécu quatre ans à l'étranger, Fernanda s'est marié avec un Belge. Aujourd’hui, elle s’y considère heureuse, malgré la nostalgie qu’elle garde du Brésil, mais elle s’émeut à rappeler les difficultés qu’elle a rencontrées en Belgique lors des premiers mois après avoir débarqué dans le pays. « Je suis venue pour étudier pendant une année et je ne veux plus retourner au Brésil. Quand je suis arrivée, ça a été très difficile pour moi. Tout était différent : le climat, la nourriture, la culture. Cependant, aujourd’hui, la culture belge fait déjà partie de ma vie. J’ai trouvé le bonheur ici. », souligne-t-elle.

Ce bonheur n’est pas toujours retrouvé par tous les Brésiliens qui partent à l’étranger. Marcos Lima, 25 ans, après avoir démissionné de son poste à la société où il travaillait au Brésil, il a réuni de l’argent pour partir à l’extérieur. Il est rentré en Europe comme touriste, a travaillé pendant deux mois dans des bars de Bruxelles, mais il a décidé de retourner au Brésil. « Je suis retourné parce que je ne me suis pas adapté. C’est très difficile de vivre loin de sa maison, loin de sa culture. La distance et le manque de ma famille et de mes amis m’ont obligée à retourner », se justifie-t-il.

Le Brésilien qui n’a pas voulu dévoiler son nom, Fernanda et Marcos sont seulement trois échantillons des nombreux Brésiliens qui vivent ou ont déjà vécu à l’étranger. Selon une recherche réalisée par le gouvernement du Brésil en 2008, presque 2 millions de « brasucas », comme sont appelés les Brésiliens qui vivent en dehors du pays, sont à l’étranger, dont plus de 500 mille vivant en Europe. Mais les chercheurs croient que ce nombre puisse être plus grand. « Comme le phénomène de la migration des Brésiliens pour l’étranger est récent et étant donné que la majorité d’eux vit dans l’illégalité dans le pays de destination, il y a encore peu de données et études sur ce sujet », déclare Débora de Azevedo, responsable de la recherche et membre de la Commission de Droit International Public du Gouvernement Fédéral.

Les occasions de travail et les études à l’étranger sont les facteurs qui motivent l’arrivée des Brésiliens. Pour beaucoup d’entre eux, les pays développés représentent une opportunité d’amélioration économique. Même si les conditions de vie sont difficiles loin de la maison, sans le confort et la convivialité de la famille, des milliers de Brésiliens optent pour défricher une nouvelle culture et affronter les difficultés de la langue pour découvrir un autre Brésil, très différent du pays où ils vivaient.

Envie d'apprendre le portugais brésilien? Cours par SKYPE: http://apprendreleportugaisdubresil.blogspot.be/
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quarta-feira, 20 de maio de 2009

É Fogo!!!

AVISO: Este blog não foi entregue às moscas! O acúmulo de trabalhos, em virtude do encerramento do ano letivo na Universidade, tem impedido que as atualizações sejam semanais. Mas, ainda que as postagens tenham fugido do ritmo anterior, os fatos aqui na Bélgica continuam acontecendo. Há quase três semanas, por exemplo, tive o desprazer de conhecer o serviço de saúde do país.

O serviço de saúde não é gratuito. Todo atendimento, seja de urgência ou não, é faturado. Se o paciente possui a chamada "Mutualite", ele pode resgatar cerca de 40 % do valor pago pelo atendimento médico. Por isso, é sempre bom estar prevenido. E a maior prevenção que um estrangeiro pode ter ao viver em terras desconhecidas é portar um plano de assistência médico-hospitalar. Afinal, nunca se sabe o que pode acontecer.

Nunca imaginei que fritar batata pudesse ser tão trágico. Talvez, seja este o motivo pelo qual tenho freado o meu consumo de batatas-fritas. Semanas atrás, ao esquecer o óleo na chama do fogão, quase coloco fogo na minha kot e em todo o prédio. Na verdade, a tragédia não foi maior porque o alarme de incêndio tocou e, então, me atentei às chamas. Ao perceber a possibilidade iminente de incêndio, fui até o fogão, peguei a panela e a coloquei embaixo da torneira de água. (Momento Utilidade Pública I: NUNCA faça o mesmo!) Ao colocar a água, o fogo se transformou numa grande labareda e veio em direção ao meu rosto. Resultado: o meu topete, que tanto prezo, foi queimado. Minha sombrancelha ficou com a impressão de ter sido raspada e os meus cílios... Onde estão os meus cílios?! Nunca imaginei que os cílios fizessem tanta diferença. Você, caro leitor, que tem cílios, valorize-os! Cuide bem deles!

Após a tragédia, ainda tive 'cabeça' para recorrer ao Santo Google e pesquisar procedimentos de primeiros socorros relacionados a queimaduras. (Momento Utilidade Pública II: Procure lavar a região do corpo queimada com água corrente) Em seguida, liguei para uma amiga brasileira, também estudante aqui na Bélgica, acionei o meu plano de saúde e fomos (eu /queimado/ ela /bêbada/) atrás de um hospital.

O desprazer por ter conhecido o sistema de saúde da Bélgica não está relacionado ao atendimento prestado, apesar de ter tido que aguardar quase uma hora para ser atendido. A demora não aconteceu porque haviam muitas pessoas na emergência. Eu acredito mesmo é que o médico estava "pegando" a enfermeira dentro do consultório. Enquanto isso, do lado de fora, eu (sentado numa cadeira com o dicionário de francês nas mãos) e Cíntia (passando um papel molhado com água no meu rosto) discutíamos como iríamos fazer para voltar para o centro de Liège. O relógio marcava quase 2 horas da manhã.
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domingo, 10 de maio de 2009

Eu tenho a melhor mãe do MUNDO!

Eu tenho a melhor mãe do mundo! O amor que sinto pela minha Rainha de cabelos castanhos e anelados é maior que a distância entre o Brasil e a Bélgica. Um amor que ultrapassa barreiras e distâncias geográficas. É por ela e graças a ela que estou no velho continente europeu em busca de uma formação acadêmica diferenciada. Não tenho nenhum agradecimento a fazer aos programas de pesquisa e extensão do governo brasileiro e, muito menos, a programas de intercâmbios da Europa, a exemplo do Erasmus Mundus, que concedem ajudas de custo a estudantes de graduação, mestrado e doutorado que saem de seus países de origem em busca de uma formação no exterior. Na realidade, tenho orgulho de dizer que sou bolsista de Ana Hiêda Gomes Araújo Pereira. Pessoa que, sem dúvida, não tem medido esforços para tornar real um objetivo planejado há alguns anos.

Merci Beaucoup, ma Maman!

Dia das mães - O dia das mães é também comemorado no segundo domingo de maio aqui na Bélgica. Até então, acreditava que esta fosse uma 'data' universal, mas, de acordo com informações do site Wikipédia, a comemoração do dia das mães se difere no mundo. Segundo o site, os países que têm a tradição de festejar o dia das mães no segundo domingo de maio são: África do Sul, Austrália, Bélgica, Brasil, China, Dinamarca, Alemanha, Estônia, Finlândia, Grécia, Itália, Japão, Canadá, Holanda, Nova Zelândia, Áustria, Peru, Suíça, Turquia, EUA e Venezuela. Já em Portugal, Lituânia, Hungria, Cabo Verde, Espanha, Moçambique e Angola o dia das mães é celebrado no primeiro domingo de maio. Nos demais países, a data é celebrada em diferentes datas do ano.

A tradição belga no dia das mães é semelhante ao que acontece no Brasil. Por aqui, as mães recebem flores e as famílias se reúnem para um "déjeuner" (almoço)...

Que saudade da minha Mãe!!! :)

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quarta-feira, 29 de abril de 2009

Estranhos Hábitos

O maior ganho que uma pessoa pode ter ao morar no exterior é a oportunidade de mergulhar nos costumes do novo país. O choque cultural é violento, principalmente, nos primeiros meses. Por esse motivo, por uma questão de sobrevivência, é necessário, logo após o desembarque, ir atrás de pessoas. O sentimento de solidão e desamparo é tão grande que, para sobreviver, é extremamente importante ampliar a rede de contatos, cumprimentar desconhecidos, puxar conversas desnecessárias e, literalmente, ir em busca da felicidade.

Meses atrás, cheguei a postar um texto abordando aspectos da cultura belga e mostrando o quanto os hábitos deste pequeno país europeu se difere dos costumes do imenso Brasil. (O título da postagem mencionada é Choque Cultural, de 29/09/08). Dias, semanas e meses se passaram e continuo acreditando que a única semelhança entre o Brasil e a Bélgica é a primeira letra do nome de ambos os países.

Além do hábito dos homens se beijarem na bochecha, das famílias criarem cães e gatos e levá-los para passear em todos os lugares, inclusive em supermercados e igrejas, de assoar o nariz em qualquer lugar e a qualquer momento, mesmo durante a refeição, e de consumir diariamente sanduíches e batata-frita (inventada pelos belgas) no almoço, a população belga tem outros hábitos um tanto estranho na ótica de um brasileiro, radicado na região Centro-Oeste do país.

Acostumado a enviar cartas redigindo o destinatário no verso e, na parte da frente do envelope, o remetente, tive que me adaptar ao formato de envio postal belga. Após receber uma carta enviada por mim mesmo, fui ao Banco Postal questionar o porquê minha correspondência tinha voltado. A atendente sorriu, olhou para mim e disse: "A sua carta não voltou. Você que a enviou para o seu próprio endereço". O episódio do serviço postal foi apenas o início de um período de novas descobertas.

Maçã, banana e pêra? Que frutas são essas? Não, caro leitor, essas delícias existem por aqui e são bastante apreciadas. A diferença é que é raro ver alguém comendo esse tipo de fruta em público. Durante as aulas, por exemplo, é fácil ver alguns estudantes comendo CENOURA e PEPINO. Acreditem se quiser! Eles apreciam esse tipo de legume e raiz completamente crus. Sem sal e molho.

Não é só o hábito de comer coisas inusitadas em momentos inoportunos que é típico de muitos belgas. Além de apreciarem a deliciosa cerveja (por aqui existem quase mil marcas de cervejas diferentes catalogadas) o belga gosta, também, é de beber a água da torneira. Em locais públicos e particulares não existem os famosos galões d'água e, muito menos, bebedouros. Se quiser matar a sede, é preciso comprar água ou bebê-la direto da 'fonte' mais próxima.

Alguns desses hábitos, os quais considero diferentes, podem, sob a ótica de alguém que esteja distante, serem considerados simples. Mas, para quem testemunha atitudes e situações como essas quase que diariamente, é impossível não dar atenção a elas e as achar bastante incomuns. No entanto, depois de oito meses respirando os ares da Bélgica nada mais me causa grande espanto. Principalmente, quando se trata de coisas relacionadas a costumes e hábitos.
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domingo, 26 de abril de 2009

Gripe Midiática

Agence France-Presse - AFP
O mundo está alerta! O anúncio de casos da gripe suína registrados e confirmados no México e nos Estados-Unidos coloca as nações em estado de vigilância. Países da Europa, a exemplo de Bélgica, Espanha e França já começaram a monitorar passageiros com suspeitas de gripe que desembarcam nos aeroportos em voos provenientes dos Estados-Unidos e do México. O governo belga, em declaração prestada ao jornal Le Soir, na edição deste domingo (26), informou que ainda não vai desaconselhar pessoas que residem no país a viajar para as regiões em que o surto do vírus foi identificado.
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A gripe nem chegou do outro lado do hemisfério - existem, por enquanto, suspeitas de casos na França e Nova Zelândia - e minha mãe, pautada pela mídia, já emitiu, direto do Brasil, sinal de alerta. Em contato telefônico, fui orientado a comprar máscaras e evitar locais com grande aglomeração de pessoas. Perguntas como "Você está bem?", durante conversas telefônicas, estão sendo colocadas em segundo plano e passaram a ser substituídas pelo questionamento: "Você está gripado?". Minha mãe, como qualquer mãe preocupada com a saúde e bem-estar do filho, está correta.

Enquanto a Organização Mundial de Saúde evita falar em pandemia, ainda que tenha anunciado a possibilidade real do vírus se alastrar para várias regiões do mundo, a imprensa, pela relevância que tem dado ao caso, divulga a impressão de que a situação está fora do controle das autoridades de saúde. Se a pandemia da gripe suína ainda é uma possibilidade, a pandemia das informações sobre o vírus já é uma realidade. Da noite para o dia, o México se tornou o país centro das atenções. Imagens da população mexicana usando máscaras e de notícias revelando o número de mortos e suspeitas de contaminação já se espalharam pelo mundo.

La menace de grippe porcine s'étend (A ameaça da gripe suína se estende), La grippe porcine aurait déjà tué 81 personnes (A grípe suína já teria matado 81 pessoas), Les États-Unis décrètent l'Etat d'urgence sanitaire (Os Estados-Unidos decretam estado de urgência sanitária), dizem os jornais da Bélgica. As manchetes dos periódicos brasileiros não devem se distanciar muito daquilo que tem sido noticiado por aqui. O que me espanta, neste primeiro momento, não são os números de vítimas e nem a possibilidade do vírus se espalhar, mas a 'publicidade gratuita' que o vírus tem ganhado nas páginas dos jornais mundo afora.
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quinta-feira, 23 de abril de 2009

Os trilhos do desenvolvimento!

O que torna um país desenvolvido? Na última segunda-feira, durante intervalo de aula na Universidade, fui ridicularizado por um francês, um russo e um italiano por afirmar que o Brasil ainda vai dominar o mundo, já que se trata de um país desenvolvido. Obviamente, fiz tal afirmação em tom de brincadeira, já que os fatos mostram justamente o contrário, mas ela não foi bem recebida pelos meus interlocutores.

O francês, após ouvir o que eu disse, foi preciso ao fazer o seguinte questionamento: "Como você diz que seu país é desenvolvido se ele não possui linhas ferroviárias interligando os Estados?" Engoli seco, respeirei fundo, visualizei a Europa completamente interligada por linhas férreas, balancei a cabeça e franzi a testa como sinal de interrogação e aceitação do que acabara de ouvir. (Francês sabido, não?!)

É uma visão quase fantástica (sentido literário) imaginar o Brasil como a maior potencial mundial. No entanto, apesar das desigualdades sociais e do déficit das chamadas obras de infra-estrutura, o país está, sim, em desenvolvimento. O fato curioso foi o colega de sala associar a questão ferroviária como critério de classificar o desenvolvimento ou não de um país. Depois de refletir, algo que tenho feito bastante por aqui, dei razão ao que foi dito pelo francês, apesar do chauvinismo típico dos que nascem na França.

Europa na linha do trem - O velho e desenvolvido mundo europeu está interligado por trilhos que unem todos os países sem exceção. O grau de modernização das vias é tamanha que existem linhas que passam inclusive sob o Canal da Mancha, uma extensão do Oceano Atlântico que separa a Grã-Bretanha da Europa Ocidental. Em apenas 20 minutos, o trem EuroStar corta o Canal passando por um túnel que liga França e Inglaterra.

É quase inacreditável viajar pelos países da Europa e ver a facilidade que se tem de cruzar as fronteiras dos países. Sem exageros, a impressão que tenho é de que todas as cidades, seja grande ou pequena, têm suas estações de trem. A perfeição da malha ferroviária da Europa não só facilita a vida de turistas e população, mas também funciona como principal meio de escoamento de matérias-primas, produtos, cargas em geral. Perfeição esta que garante a muitos dos países o título de desenvolvidos.

Há quem acredite que desenvolvimento não se limita a isso. Partilho do mesmo pensamento. Mas, durante todo o momento de redação deste texto, tentei me recordar de linhas ferroviárias no Brasil e não me veio à mente nenhuma. Seria esta a prova de que o Brasil está realmente longe do desenvolvimento?! Há muitos anos as famosas Maria-Fumaça deixaram de ser símbolos de prosperidade!

"Ói, ói o trem, vem surgindo de trás das montanhas azuis, olha o trem!" (trecho da música O Trem das Sete, de Raul Seixas) Neste texto, a metáfora da música não é a MORTE que chega, mas o Desenvolvimento que avança quando vem o TREM;

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segunda-feira, 13 de abril de 2009

A Bélgica está de Férias!

Para quem imagina que os países desenvolvidos têm PIBs estrondosos em virtude do pouco número de recessos -o que, teoricamente, significaria mais produção, trabalho e riqueza- está enganado. Os motivos que levam um país ao seu desenvovimento está longe de ser a quantidade de feriados no seu calendário. Por isso, a frase "O Brasil não vai para frente porque só tem feriado" é uma falácia. Se um país dependesse do número de feriados para medir seu desenvolvimento, a Bélgica estaria 'lascada'.

Ao contrário do Brasil, que possui 10 feriados nacionais ao ano, a Bélgica possui 20. Praticamente, o dobro. Hoje, inclusive, é feriado no país. É a Segunda-Feira de Páscoa. As instituições de ensino primárias, secundárias e universitárias, por exemplo, estão de recesso desde o início da semana passada. É o Spring Break (Férias de Primavera). A chegada de cada uma das estações (Verão, Outono, Inverno e Primavera) é comemorada na Europa com recessos que variam de uma a duas semanas. As aulas na universidade foram interrompidas por 14 dias, graças ao início do Printemps no Hemisfério Norte.

Com o recesso de duas semanas, Liége esvaziou. Por ser uma cidade universitária, muitos dos que habitam aqui são estudantes. A maioria deles voltou às cidades e aos países de origem. Há uma semana sou o único habitante do meu prédio. Os outros 9 moradores, 7 belgas e 2 franceses, aproveitaram o 'pequeno recesso' para "Picar a Mula" (expressão típica do meu saudoso Estado de Goiás que conota a expressão "ir embora"). Uma ida temporária, já que na próxima segunda-feira, a rotina de estudos será retomada.

Entre os próximos feriados previstos na Bélgica, estão o Feriado do Dia do Trabalho, o Feriado de Pentencostes, as Férias de Verão e o Feriado Nacional, comemorado no dia 21 de julho, data que marca a libertação definitiva da Bélgica do domínio Holandês. (Entre tantos outros, que somam 20 ao ano). O número de datas comemorativas na Bélgica o coloca na lista de países com o maior número de feriados. Suécia, Alemanha e Espanha também integram a mesma lista.
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domingo, 12 de abril de 2009

ROUBArraDO na Faixa de Pedestre

Fonte: Internet - Travessia na faixa;

Viver às avessas no exterior não é nada fácil. Por isso, cada centavo, ainda que seja UM centavo, é valioso. Às avessas porque o meu 'ciclo de vida' aqui é contrário ao estilo de vida de muitos que saem do Brasil para morar no exterior. A diferença é que vim para estudar, mas independente de qual seja o objetivo, para deixar 'a vida te levar', é essencial ter grana no bolso. E o grande avesso da minha vida aqui está relacionado justamente a isso. Ao invés de enviar dinheiro para o Brasil, recebo dinheiro do Brasil, que de Real é convertido em Euros.

(Retomando a questão da valorização de cada centavo de euros). Na semana passada, retornando da Universidade para a minha Kot (uma espécie de Studio, onde, geralmente, cozinhas, toaletes e salas de banho são compartilhados) fui surpreendido pelos gritos de um policial belga, enquanto atravessava a Faixa de Pedestre de uma das ruas que dão acesso à entrada principal da Universidade de Liége.

(Atravessando a faixa; Sem carros vindo na direção; Sinal aberto para os condutores e fechado para pedestres) - Monsieur, Monsieur! Reste là! Pas d'habitude! Pas d'habitude! (gritou o policial!). Até ouvir o segundo 'Monsieur' acreditava que o policial estivesse chamando a atenção de outra pessoa. Mas, ao escutar a expressão 'Pas d'habitude', tive a certeza de que os gritos eram direcionados a mim. Até então, não acreditava ter infrigido lei alguma, que obrigasse um policial a me pedir que o aguardasse do outro lado da rua.

Ao perceber os berros da 'autoridade', algumas coisas me passaram pela cabeça, menos o óbvio -ter atrevessado na faixa de pedestre com o sinal vermelho para pedestres-; ABRE PARÊNTESE (Afinal, todos atravessam!) FECHA PARÊNTESE. Sem imaginar o que me aguardava, pensei que tivesse deixado cair algo durante a travessia na faixa ou, na pior e mais improvável das hipóteses, que 'le policier' queria apenas dizer Bom-dia ou me desejar boas-vindas, mesmo estando por aqui há sete meses.

Sorridente como sempre, mesmo em situações de desespero, aguardei o policial que, para dar exemplo, esperou que o sinal verde para pedestres fosse aberto para, então, se aproximar. Antes mesmo de dizer Bonjour, o policial já solicitou minha ID e me informou que eu acabara de cometer uma infração. Fiquei surpreso ao ser comunicado e tentei argumentar. O meu erro foi ter argumentado em francês. Poderia ter simulado não entender nada, mas quis mostrar o 'meu francês' para a pessoa errada.

Sem perdão e, após ouvir do policial a frase "Je suis désolé, mais c'est la loi en Belgique", fui comunicado que a MULTA, no valor de 50 EUROS (150 reais), chegará pelo serviço postal. Até o presente momento, não a recebi e, quando recebê-la, não sei se a pagarei. Pagar uma multa por esse motivo vai contra os meus princípios de economizar e valorizar cada centavo de euros. A chegada da multa é tão certa quanto as risadas que já ouvi depois de contar a algumas pessoas o ocorrido. O que é incerto é o meu aprendizado. Não sei até quando continuarei vendo todos atravessando na faixa com o sinal vermelho para pedestres e eu, temendo mais uma multa, ficarei aguardando o meu sinal verde, ainda que não venha carros, que não haja tráfego.
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quinta-feira, 9 de abril de 2009

Blog OFF

Caríssimos visitantes do blog, em virtude de problemas técnicos com o meu Notebook, as atualizações semanais não poderão ser realizadas. Assim que o problema for resolvido, ainda não sei quando, mas espero que seja logo, muitos assuntos que gostaria de ter postado aqui, obviamente, serão abordados. Para as próximas postagens, reservo assuntos como: A Europa está de Férias (o número de recessos aqui na Bélgica ultrapassa a quantidade de feriados existentes no calendário brasileiro); 50 euros na faixa de pedestre (perdi ou achei ao andar pelas ruas de Liége?); Riqueza Social (o salário mínimo da Bélgica corresponde ao máximo no Brasil - 2.400 reais. Teria eu nascido no país errado?);


Até a próxima! See you! À bientôt!

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Personagens Belgas

Toda cidade, ainda que seja uma grande Vila, tem seus habitantes-personagens. Em alguns bairros sempre haverá moradores com características inusitadas, alguém que será conhecido(a) como Sr(a). Fulano(a) de Tal. Em Liége, na Bélgica, não podia ser diferente. Há sete meses morando nesta cidade, distante 100 kilômetros da capital Bruxelas, já tive tempo de sobra para conhecer, ainda que pouco, alguns moradores ilustres da Vila, como a Senhora da Sacola, o Funcionário Obeso de Avental Vermelho e o Homem do Gorro.

O intrigante é que essas pessoas, donas das características citadas, nem sabem da minha existência. Mas eu sei da existência delas. São pessoas anônimas, normais como qualquer outra. No entanto, por razões desconhecidas, talvez por achá-las engraçadas, acabaram se tornando representativas. Nunca as cumprimentei, não sei como se chamam e, muito menos, onde moram. Mas basta encontrá-las andando nas ruas, no supermercado ou, até mesmo, na igreja que sei que algo aconteceu ou está prestes.

Para mim, ficou fácil saber se o ônibus que pego para ir em direção ao Centro de Esportes da Universidade já passou ou não. O meu temor é me deparar no ponto de ônibus com uma senhora de bengala, óculos escuros e uma sacola de supermercado, que, na verdade, não é carregada, mas arrastada pelo chão. Quando vejo a humilde senhora nas imediações do ponto é sinal de que o meu ônibus passou e terei que aguardar mais meia-hora para pegar o próximo. O que me revolta é que, ultimamente, tenho visto a Senhora da Sacola com muita frequência.

Ir ao Carrefour da cidade e não se deparar com o Funcionário Obeso de Avental Vermelho é sinal de que a loja está sem proteção. O funcionário, que parece ser repositor de estoque, é, na verdade, o segurança do local e o responsável em dar sustos gratuitos nos clientes que fazem compras. Volta e meia ele surge de surpresa em algumas seções como quem está apenas verificando as prateleiras. Ao perceber que estou sendo fiscalizado, digo “Bonjour”, numa tentativa de tornar o ambiente harmônico, e ele simplesmente ignora.

Já o Homem do Gorro e do Cachecol é o personagem mais engraçado que frequenta a Catedral de Liége. Ir às missas aos domingos e me deparar com ele é certeza de distração. Inquieto e aparentando estar desconfiado de alguma coisa, ele tira e coloca, de forma quase obsessiva, o gorro na cabeça e o cachecol no pescoço durante toda a celebração religiosa. Quando os dois acessórios estão sobre o corpo penso até que ele está indo embora. Ledo engano! Minutos depois, ele tira novamente o gorro e o cachecol, olha desconfiado para o lado e volta a repetir o gesto quase sagrado.

É certo que em uma cidade com mais de 100 mil habitantes não é difícil encontrar moradores que, por algum motivo, vão chamar atenção. Mas não sei o porquê essas pessoas passaram a ser inconscientemente observadas por mim. O mais estranho é imaginar se, da mesma forma que observo essas pessoas, sou também observado por alguém. Ainda que estejamos livres, a vida é um Big Brother.
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