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segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Choque Cultural

As diferenças culturais entre o Brasil e a Bélgica são equivalentes à distância que separa os dois países. Alguns hábitos são tão estranhos, se analisados sob a ótica dos costumes brasileiros, que representaria, no Brasil, atitudes deselegantes se praticadas em público.

Quando cheguei em Liége, a primeira coisa que me chamou a atenção foi o número de cães na cidade. As pessoas criam os cães como se fossem membros da família. É comum presenciar os animais, acompanhados dos donos, nas ruas, nos carros, nos supermercados, dentro dos ônibus e em outros locais públicos. O detalhe é que não se tratam de cães pequenos. São animais enormes. Alguns maiores que crianças de seis anos de idade, por exemplo.

Outro costume belga está na forma de se cumprimentar. Ao contrário do Brasil, onde o famoso “beijinho” é dado somente quando um garoto e uma garota se encontram, aqui, os homens, numa atitude de amizade, se beijam na bochecha. Um fato curioso para quem é proveniente de um país em que toda e qualquer atitude semelhante a essa é digna de estranhamento.

Por várias vezes perdi o apetite em restaurantes, durante o almoço e a janta, porque alguém, na mesa ao lado, assuou o nariz de forma nada discreta. Para mim, um momento não oportuno. Para os belgas, uma atitude nada desrespeitosa e, muito menos, indelicada. Assuar o nariz por aqui é comum, independente do local que esteja.

Enquanto no Brasil, o almoço é considerado a refeição mais importante do dia, na Bélgica, muitos não param para almoçar. Ao meio-dia, a maioria das pessoas vai às sanduicherias para comprar o famoso pão com carne e molho. É comum, no horário do almoço, ver as pessoas andando nas ruas comendo um sanduíche feito com pão baguete. Já, às sete da noite, na Bélgica, é hora de se sentar a mesa para a mais importante refeição do dia. Geralmente, o belga prepara no jantar almôndegas com molho de tomate e pedaços de frango assado acompanhados de batata-frita ou cozida. Tradicionalmente, no Brasil, o jantar é facilmente substituído por outra coisa.

Para quem estava acostumado a freqüentar locais que eram refrigerados com ar-condicionado, é estranho perceber em todos os locais daqui os chamados “aquecedores”. Há algum tempo não sei o que são ventiladores e aparelhos de ar-condicionado. Ultimamente, a temperatura durante o dia tem ficado em torno dos 15 graus. À noite, a intensidade dos ventos aumenta e a temperatura chega a 5 graus. Para temperaturas baixas como estas, o Ideal é ter aquecedores instalados nos ambientes fechados.

Se muitos acham que o funcionalismo público no Brasil não trabalha, é espantoso saber que o expediente de muitos servidores públicos e privados da Bélgica é de 7 horas, com intervalo de duas horas durante a jornada de trabalho. A maioria das repartições abre às nove da manhã e fecha às quatro da tarde. Os supermercados fecham às sete da noite e não abrem aos domingos. Os shoppings fecham diariamente às seis da tarde. Durante a noite, reinam os bares.

As diferenças entre o Brasil e a Bélgica não se resumem a isso. Nos próximos dias, outras situações vão ser relatadas. É provável que a única semelhança entre os dois países seja a primeira consoante que dá o nome a eles .

Au Revoir!

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

La Liberté !!!

Vinte e quatro anos de vida, vinte e dois dias distante das pessoas que mais amo. Vale a pena tamanho “sacrifício”? Uma pergunta complexa para uma resposta direta. Sim, vale a pena! Clarice Lispector, em sua obra “A Hora da Estrela”, é assertiva quando menciona a seguinte frase: “Liberdade é pouco. O que busco ainda não tem nome!”

Talvez, eu seja prematuro para dar um nome àquilo que ainda não tem nome. Mas considero-me preparado para aproveitar todos os momentos que me serão propiciados durante o período de estudos no exterior. A saudade de casa e a saudade do meu país servirão, na verdade, como combustíveis para a minha nova jornada.

Uma mistura de ufanismo e saudade. Quem sabe não é esta a própria receita da liberdade?!

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

"La version officielle US est fausse", dizem os jornais da Bélgica sobre os ataques de 11 de setembro!

O 11 de setembro foi lembrado pelos jornais que circulam na Bélgica. A surpresa é a forma com que a imprensa belga trata o assunto, depois de sete anos de mistérios sobre as causas que motivaram tamanha tragédia. Para a imprensa local, as justificativas dadas pelo governo americano sobre os ataques, que, em 2001, vitimaram mais de 3000 pessoas, precisam ser mais bem explicadas.

O períodico “Le Soir”, o mais importante da Bélgica, traz a manchete “11 Septembre: Le spectre du grande complot”. Segundo o jornal, a versão oficial do governo americano é falsa. A matéria publicada relata versões sobre os ataques, consideradas não oficiais, que foram divulgadas na internet.

Inúmeras imagens de cenas dos ataques foram mostradas na edição do jonal acompanhadas dos seguintes questionamentos: Pourquoi les étages inférieurs nónt-ils pas résisté? Pourquoi a-t-on trouvé du métal em fusion sous les décombres? Pourquoi le WTC 7 sést-il effondré? Au Pentagone , s’agissait-il bien d’um avion? As perguntas sugerem que os ataques foram planejados pelo próprio governo americano para, então, justificar a guerra do Iraque e a incessante busca do governo Bush pela “exterminação” do terrorismo disseminado pela rede Al-Queada.

A edição do “La Derniere Heures” traz na capa a manchete “Les doutes persistants de l’Amerique”. A reportagem, de apenas uma página, diz que as dúvidas persistem na América. Na comemoração do aniversário do 11 de setembro, de acordo com o jornal, as causas da tragédia continuam indefinidas.

O jornal “La Libre Belgique” traz na capa a manchete “C’est un mystère!” A reportagem publicada questiona o porquê a Casa Branca não foi alvo dos ataques. Para o “La Libre”, Bush sairá da presidência dos Estados Unidos sem revelar as verdades sobre as motivações dos ataques de 11 de setembro.

Ambos os jornais têm formatos e abordagens diferentes, mas todos, sem exceção, criticam as informações oficiais do governo americano e trazem questionamentos que, em sete anos, jamais tinho visto nas páginas dos mais importantes jornais do Brasil.
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