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sexta-feira, 27 de março de 2009

Sexo em Amsterdam!

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Letreiro no Museum Plein / Amsterdam

Ruas voltadas exclusivamente para o sexo. Vitrines, Sex Shop, Casas de Show dividem espaço em uma das áreas mais famosas e frequentadas de Amsterdam, a Red Light District. A Holanda, vista por muitos como "o país sem leis", não é tão desorganizada como se imagina. No entanto, a política da capital holandesa permite práticas que seriam absurdas em outros países, inclusive no Brasil, um país, nesse aspecto, hipócrita, já que sexo e droga é uma realidade presente tanto quanto na Holanda, apesar de muitos ignorarem a situação.

Um parque público destinado à prática do sexo. Já imaginou?! Em Amsterdam, no Vondelpark, um dos maiores da cidade, o sexo é permitido após as 11 da noite. Não sei como os que procuram por sexo no parque aguentam as baixas temperaturas em nome do prazer. Obviamente, não cheguei a frequentá-lo durante as horas em que o sexo é liberado, mas visitando o parque na manhã do dia seguinte não é tão difícil encontrar preservativos espalhados em alguns pontos, o que denuncia as práticas sexuais ocorridas no local na noite anterior.

Satisfazer o prazer sexual em Amsterdam não é tão barato quanto se pensa. O valor cobrado pelas profissionais do sexo é, em média, 50 euros. A duração do programa que é de assustar: apenas 15 minutos. Para quem tem interesse numa aventura sexual na Red Light District a opção é vasta. Existem mulheres de diversas 'formas', 'cores' e 'data de fabricação'. A prostituição na Holanda é encarada como profissão. As mulheres se expõem nas vitrines como verdadeiros produtos sexuais.

Agora, o mais interessante em Amsterdam é que o sexo é visto sem tabus. Você pode, por exemplo, percorrer toda a região voltada para a prostituição e frequentar quantas vezes quiser as lojas de Sex Shop que ninguém vai encará-lo e achar que você é algum pervertido sexual. A questão fálica está tão presente na cidade que é possível, inclusive em locais onde menores têm acesso, encontrar produtos que conotam os órgãos sexuais do homem e da mulher.

Além do sexo - Obviamente, a cidade de Amsterdam tem outros motivos para atrair e encantar os turistas. A cidade, que possui mais de 100 km de canais, é repleta de museus, como o de Anne Frank, e abriga as obras de um dos pintores mais famosos da história da arte, Van Gogh. Famosa, também, pelos inúmeros Coffe Shop, onde os apreciadores da maconha podem fumar e degustar livremente bolinhos e pratos feitos a base da erva. Apesar de ser liberada no país, o usuário de maconha só pode portar 5 gramas da droga, sob pena de ser detido pela polícia, caso seja abordado.

Outra surpresa ao visitar Amsterdam é o pouco número de igrejas católicas na cidade, diferentemente de outras capitais europeias. Na capital holandesa, há somente cinco igrejas. No entanto, três delas viraram museu, uma se tornou discoteca e a maior de todas, a Catedral de São Nicolau, é a única que tem atividades voltadas à religião. Se por uma lado faltam igrejas, por outro sobram bicicletas (esse foi o gancho mais sem noção que já escrevi em um texto). Existe, atualmente, mais de 1 milhão de bikes na cidade. A bicicleta é o principal meio de transporte da população. Chega a ser engraçado ver homens de terno e mulheres de salto chegando no trabalho. Ao invés de estacionar seus carros, eles amarram suas bicicletas em um dos milhares de 'bike´s parking' instalados em Amsterdam.

I AMsterdam!

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Atenção! A ferramenta "Google Translator" não garante uma tradução correta do texto, de acordo com as normas gramaticais de sua língua. Obrigado pela visita!

sexta-feira, 20 de março de 2009

Nenhum Ouvido é Penico!

"Tá dominado, tá tudo dominado!". Não, não acredito que eu tenha me rendido à escrita resumida de algumas palavras e, também, o que é pior, me rendido a batida do funk. Não, eu não me rendi a nenhuma das coisas. Mas quase tive um surto nesta semana ao sintonizar uma rádio francesa no Real Player e ouvir na "Hot Mix Radio Française" músicas brasileiras. A surpresa não foi ter sido surpreendido por músicas brasileiras sendo tocadas em uma emissora de rádio estrangeira. O desespero foi perceber que o que se exporta e o que se ouve como hit brasileiro por aqui é algo completamente destestado por mim e, talvez, por milhões de brasileiros.

Não quero discutir gosto musical. Afinal, cada um tem o seu. Mas, por que certas músicas chegam ao exterior e outras tantas, de artistas e compositores consagrados, param por aí? Às vezes, a máxima projeção internacional que conseguem é em Portugal, pela semelhança da língua. Mas poderia ser diferente! Se não bastasse ouvir "tá tudo dominado", em uma versão remixada, que, realmente, nunca havia escutado, momentos depois uma música, acredito que seja do lastimável filme Tropa de Elite, foi passada na mesma rádio. Ouvir "Paparapapara timbum (...) Agora o bicho vai pegar!" foi o estopim!

Há quem goste desse tipo musical. Inclusive os fãs dessas músicas devem ser parabenizados. Não deve ser fácil se esforçar para conseguir ouvi-las. Só espero que eu nunca consiga alcançar tal estágio de apreciação musical. Não me enquadro no grupo daqueles que dizem gostar somente da MPB. Pelo contrário, há artistas e músicas de MPB que são detestáveis como o próprio funk. Minha admiração musical está em bandas nacionais e internacionais de Pop/Rock. Músicas eletrônicas também são sempre bem-vindas!

Não sei como se dá a negociação para a "exportação" de hits de um país para outro e, muito menos, a quais gravadoras os artistas das músicas tocadas na rádio francesa pertencem. Talvez, o mercado sonoro seja seduzido por essas músicas devido às 'batidas', que, em alguns casos, podem ser sedutoras, irresistíveis. Se soubessem, na realidade, o significado de algumas palavras (ou seria a falta de significado - na maioria das vezes, são músicas que não dizem nada) duvido que "Tá dominado" e "Agora o Bicho vai pegar" teriam cruzado as fronteiras do Atlântico e "dominado" algumas rádios européias. Antes que "o bicho pegue", prefiro começar a sintonizar outra rádio francesa.

Atenção! A ferramenta "Google Translator" não garante uma tradução correta do texto, de acordo com as normas gramaticais de sua língua. Obrigado pela visita!

sexta-feira, 13 de março de 2009

Salve-se quem puder!

Boeing 737-800 - Aeroporto de Charleroi / Bélgica
Imagine-se dentro de um avião e, durante o repasse dos procedimentos de segurança que antecedem a decolagem, ouvir as seguintes instruções: Senhores passageiros, em caso de despressurização, insira uma moeda de 1 euro no dispositivo localizado em sua poltrona para ter acesso a uma máscara de oxigênio. Em caso de pouso de emergência, passe o seu cartão salva-vidas, adquirido no valor de 25 euros, no dispositivo óptico localizado nas saídas de emergência da aeronave para ter acesso a uma delas. Caso queira se inteirar sobre os procedimentos de segurança, adquira por 2 euros o manual. Se, durante o voo, tiver necessidade de ir ao banheiro, compre o seu ticket toalete com um dos nossos comissários.

Parece brincadeira, mas não é! A empresa aérea Irlandesa, Ryanair, uma das maiores da Europa, conhecida por oferecer passagens de baixo custo, anunciou nesta semana que vai realizar uma enquete junto aos clientes para decidir qual será a próxima taxa a ser cobrada nos voos operados pela companhia. O mais interessante é que as taxas que poderão ser implantadas dentro de alguns meses foram sugeridas pelos próprios passageiros.

Ainda que a possibilidade de implantar taxas como essas sejam eminentes, os valores das passagens da Ryanair aqui na Europa são quase imbatíveis. É possível, em algumas situações, adquirir passagens por apenas 1 euro. No entanto, o valor final que se paga pelo ticket nem sempre chega a ser semelhante ao preço anunciado no site da companhia. A opção de incluir e excluir serviços e taxas, algumas delas impossíveis de ser retiradas, constribui no acréscimo do valor do bilhete. Mesmo assim, para passageiros que preferem abdicar um pouco de conforto e segurança numa viagem aérea em nome da tão sagrada 'economia', o valor final dos bilhetes Ryanair sai em conta.

As propostas da empresa são claramente absurdas e, até mesmo, bizarras. Resta saber, caso as taxas sejam realmente implementadas, se os passageiros vão aceita-las com facilidade. O pior ainda é imaginar a situação de uma pane aérea e as pessoas procurando por moedas para adquirir as máscaras de oxigênio ou em uma necessidade de esvaziar rapidamente a aeronave, após um pouso de emergência, passageiros fazendo fila indiana para autenticar o cartão salva-vidas que dá acesso às saídas de emergência.

Ideias magníficas como essas não levam em consideração o desespero causado durante uma pane aérea, como descrito na postagem Terror nas Alturas. Além disso, tais propostas visam somente aumentar a receita da empresa e revela a falta de preocupação da companhia com a segurança de seus passageiros. Voar em companhias aéreas Low Cost tem se tornado uma questão de "salve-se quem puder".

sexta-feira, 6 de março de 2009

Silêncio em Auschwitz!



Foi numa sexta-feira. A data exata não me recordo mais. A única certeza é a de que foi há duas semanas. Da estação de ônibus da cidade da Cracóvia, na Polônia, segui para Auschwitz (Oswiecim, em polonês), cidade distante cerca de 60 kilômetros da antiga capital polonesa. Durante o trajeto de ida, já imaginava o que me aguardava. Só não tinha noção que seria algo tão chocante e, ao mesmo tempo, fascinante do ponto de vista histórico. Pouco mais de uma hora e meia de viagem, adentrava os portões dos Campos de Concentração de Auschwitz e Bikernau.

As cinco horas de visita aos Campos de Concentração de Auschwitz I e II foram marcadas pelo silêncio. Não que eu tenha decidido me calar durante a visita aos locais em que milhares de pessoas foram brutalmente assassinadas. Mas, diante de tamanha tragédia, voluntariamente todos se calam. As únicas vozes que se ouve durante a visita aos Campos de Concentração são de guias que narram aos visitantes o terror ocorrido no local pouco mais de 60 anos atrás.

O silêncio acaba se tornando uma marca de respeito às vítimas do holocausto e um sinal de protesto à tamanha crueldade praticada em Auschwitz. Cada espaço dos Campos de Concentração, sejam os dormitórios, os porões, os corredores e os locais externos dos grandes "galpões", onde muitos dos que tentaram resistir à dominação nazista foram torturados e mortos, carrega a marca do genocídio e o selo da perversidade humana.

Visitar Auschwitz é compartilhar um pouco do sofrimento das vítimas que padeceram no local. Dentre os diversos objetos expostos no museu que, na verdade, representam sinais vivos de um passado recente, destaque para as centenas de fotos de crianças, jovens, adultos e velhos espalhadas em diversos ambientes. Os rostos das vítimas estampados pelos corredores com as respectivas datas de entrada e morte no Campo de Concentração causam, ao mesmo tempo, sensação de medo e piedade nos visitantes.

Auschwitz - Na região, foram construídos dois campos. O primeiro foi utilizado como Campo de Exploração. Logo na entrada de Auschwitz I é possível ler a inscrição, em alemão, Arbeit Macht Frei (O Trabalho Liberta). Desprovidos de qualquer tipo de assistência, muitos não suportavam as horas sofríveis de trabalho e morriam por exaustão. O segundo campo, distante 3 kilômetros de Auschwitz I, nomeado de Bikernau, funcionava estritamente como Campo de Concentração. As crianças, os velhos e os doentes eram diretamente levados a Bikernau para serem cruelmente mortos nas Câmaras de Gás.

Para não gerar tumulto e desespero entre as vítimas, os guardas nazistas informavam que todos seriam submetidos apenas a um banho de "descontaminação". Com o objetivo de reforçar a informação enganosa, todos eram orientados a colocar nome nas malas para, segundo os guardas, ficar de fácil localização após o banho. Mal sabiam, as vítimas, que não sairiam vivas das Câmaras de Gás, falsamente chamadas de salas de banho.

É impossível descrever aqui todas as impressões que tive ao visitar os Campos de Concentração. Fiquei extasiado ao ver tantas coisas que se fosse enumera-las uma a uma possivelmente faltaria espaço. É bem verdade que, ao visitar o local do holocausto, as imagens valem muito mais que as palavras. Mesmo sendo proibido fotografar no interior do museu, não contive a "emoção" e tirei centenas de fotos que, sem dúvida, serão guardadas como relíquias. Se um dia a própria história se encarregar de esquecer do holocausto sempre terei as imagens para lembrar de uma das inúmeras páginas negras da história mundial.

Informações úteis! Os ônibus para Auschwitz partem a cada 50 minutos da Estação da Cracóvia. O valor da passagem é de 9 Zlotys (One Way). Para comprar a passagem mencione a cidade de Oswiecim. A duração da viagem é de quase uma hora e meia. Não se paga para entrar nos museus e a visita pode ser feita sem a orientação de um guia. O traslado de Auschwitz I para Bikernau pode ser feito a pé (20 minutos de caminhada) ou de ônibus. Ônibus gratuitos levam os turistas para Auschwitz II. O último ônibus para Cracóvia parte às 16 horas de Auschwitz I.

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