O caos aéreo não é originalmente brasileiro. Durante minha passagem por dois aeroportos aqui instalados (Madrid e Bruxelas), pude constatar que a pontualidade européia é falha. Órgãos responsáveis pelo tráfego aéreo na Europa adotam o critério de que todos os vôos partindo dos aeroportos dos países que integram o continente só podem registrar atrasos de 30 minutos sob o risco das companhias sofrerem penalidades.
Alguns jornais da Europa, a exemplo do periódico espanhol El País, tem dado importância ao tema, em decorrência do acidente aéreo ocorrido semanas atrás no aeroporto de Barajas, em Madrid. Como já foi noticiado pela imprensa internacional, as causas do acidente aéreo, que vitimou mais de 150 pessoas, não tem nenhuma relação com o intenso tráfego aéreo do principal aeroporto da Espanha. A tragédia apenas motivou que a imprensa local voltasse sua atenção para os aeroportos aqui instalados.
A minha conexão em Madrid, prevista para durar 60 minutos, ultrapassou a previsão inicial e o meu embarque com destino a Bélgica só foi acontecer três horas depois. A cada meia hora os painéis eletrônicos informavam um novo portão de embarque e uma nova previsão de decolagem do avião. Os freqüentes e inúmeros atrasos e cancelamentos de vôos em Barajas revela a inoperância do sistema aeroportuário espanhol e aproxima, neste aspecto, a Europa do Brasil.
Não é de meu conhecimento o nome da agência que fiscaliza o movimento nos aeroportos europeus, a exemplo da Anac, responsável pela fiscalização aeroportuária brasileira. Isso, também, pouco me interessa. O acontecido serviu como alerta. A experiência vivida comprovou que o caos aéreo não é originalmente brasileiro. Talvez, ele tenha raiz na Europa.
Um comentário:
Kd os posts novos!! kd kd kd?? Não sabes a saudade que deixou aqui!!!
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