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sábado, 29 de agosto de 2009

O Retorno

Eu e minhas pupilas - Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia (16/08/09)

"Eu ainda me sinto um estrangeiro na Pátria!"

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Fuso Horário - Alguns dias já se passaram, desde o meu retorno, e, aos poucos, estou retomando algumas atividades e dando início a outras. Por enquanto, não me adaptei ao confuso fuso horário e, às vezes, me pego cochilando às 8 da noite. Ir dormir cedo tem uma vantagem: não preciso mais programar o despertador. Às 7 da manhã, já estou de pé. Às vezes, até antes. Me vejo ainda preso à rotina na Bélgica. A prova é que ainda não ajustei os horários do meu celular e computador. Ontem, uma pessoa me perguntou quantas horas, e eu disse: "11 da noite, senhor!" Não percebi que havia fornecido o horário da Bélgica e nem ele, de imediato, se atentou ao que ouvira. Segundos depois, após olhar para o céu e ver o dia ainda claro, o senhor voltou a falar comigo e retrucou: - "11 da noite?" Tive que rapidamente subtrair mentalmente 5 horas do horário que havia dito e retificar a informação gratuita que acabara de passar;

Padaria - Pão de queijo, biscoito de queijo, broa, rocambole? Sim, tudo isso é muito gostoso. No entanto, depois de ter experimentado as delícias vendidas nas 'viennoiseries' belgas durante um ano, tenho tido dificuldade para me readaptar aos gostos do café da manhã goiano. Pães ao chocolate, Croissants e Gauffres, delícias que compõem às mesas durante o petit déjeuner na Bélgica, fazem muita falta ao meu estômago e paladar;

Televisão - 12 meses sem assistir TV. Ou melhor, 12 meses e duas semanas. Felizmente, não tenho me rendido às 'tentações' de sentar-me em frente a TV e deixar ser hipnotizado pelas atrações do Meio de Comunicação Frio*, representado pela Televisão. A internet tem sido o meu principal meio de informação. É impressionante como nada mudou na TV brasileira! Apresentadores de telejornais continuam os mesmos, a grade de programação continua a mesma, até o BG do programa do Luciano Huck continua o MESMO... Prefiro o morno (internet) ao frio (TV);

Trânsito - Quando criança, queria ser motorista de ônibus. Talvez isso explique o motivo pelo qual brinquei de carrinho até os 12 anos de idade. Os anos se passaram, cresci, os ônibus de brinquedo viraram carcaças, mas a fascinação pelos modelos e marcas continuam me fascinando na mesma medida que admiro os aviões. A vontade de tornar-me motorista, felizmente, não faz mais parte dos meus objetivos profissionais, mas conservo a paixão por dirigir. Depois de um ano sem saber o que é trocar marcha e pisar o pé no acelarador, retornei às pistas de Goiânia e, praticamente, tenho passado a semana inteira no volante. Não é atoa que meu nome é Ailton, uma adaptação ao nome do saudoso campeão das pistas de corrida, Ayrton Senna... E, assim, aos poucos vou me rendendo à nova rotina e me readaptando às coisas antes adaptadas.

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"Que o tempo passe rápido para que o futuro chegue depressa!"

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Na próxima postagem, os detalhes de PARIS!
Atenção! A ferramenta "Google Translator" não garante uma tradução correta do texto, de acordo com as normas gramaticais de sua língua. Obrigado pela visita!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Centro Europeu

No CENTRO da "Heroe's Square", em Budapeste
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É preferível esquecer um pouco que estou de retorno ao Brasil e continuar falando sobre minhas últimas aventuras na Europa. Psicologicamente, este é um exercício agradável, principalmente, para quem, como eu, lamenta durante as 24 horas do dia do fato de ter retornado. Minhas últimas semanas na Europa, que coincidiram com o período de férias e término das atividades vinculadas ao estudo na universidade, não poderiam ter sido melhores: Viagens.
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O número de viagens feitas nas últimas semanas me rendeu alguns souvenirs um tanto quanto inusitados: calos nos pés. Ao final da viagem à Europa Central, momento em que visitei três países em 6 dias (República Tcheca, Hungria e Eslováquia), já estava pedindo arrego. O cansaço era aparente e nem mesmo as atrações das cidades me atraiam mais. Era o momento de voltar para o meu sossego na Bélgica (Liège) e começar, de lá mesmo, a me despedir da Europa.
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As últimas viagens tiveram um clima nostálgico. O meu inconsciente já começava a dizer "Au Revoir" para os lugares, para as aventuras. A data de retorno já estava próxima e a vontade que tinha era a de parar o relógio. Mas, quanto mais lento desejava que o tempo passasse, mais rápido os ponteiros deslocavam. Era o 15 de agosto que se aproximava.
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No Centro da Europa - Antes de tudo, uma aula de geografia. República Tcheca, Polônia, Hungria, Eslováquia e Áustria não fazem parte do "leste europeu", como costumam dizer em sites de dicas de viagens das comunidades de relacionamento na internet, a exemplo do Orkut. Esses países estão, na verdade, bem no centro da Europa. Se quiser ir à leste, embarque rumo a Romênia e a outros países situados um pouco mais a direita do mapa-mundi.
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De retorno do Sul da França, a intenção era embarcar no mesmo dia rumo a Praga. No entanto, com ou sem praga, acabei perdendo o voo e tive que remarca-lo para o dia seguinte. Resultado: tive que desembolsar 50 euros para poder seguir viagem no dia posterior (as companhias low cost não perdoam mesmo no valor cobrado pelas taxas); Em 6 dias, visitei três capitais européias: Praga, Budapeste e Bratislava. Com um dia a menos, não tive tempo suficiente para conhecer a bela e encantadora cidade de Viena, capital da Áustria.
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Em comum, os países do centro têm as marcas de um regime comunista recente. Ao mesmo tempo, simbolizam a rendição total dos países europeus ao sistema capitalista. Em Praga e Budapeste, é possível encontrar parques e museus dedicados à história do comunismo. Ao visitar esses lugares, não fique assustado se encontrar lojas do MC Donald's dividindo o mesmo espaço. É o ecumenismo econômico...
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As arquiteturas das cidades são diversificadas se comparadas a outras capitais européias. O novo é clássico e o antigo é moderno. Em Praga, faz parte do tour a exploração arquitetônica da capital, tamanha sua riqueza e importância. Também é lá que está localizado uns dos maiores castelos da Europa, o Prague Castle, o museu dedicado ao grande escritor tcheco, Franz Kafka, e a pobre e pequena réplica da Torre Eiffel. Se, em Paris, a Torre Eiffel representa a potência da França perante as demais nações, a sua raquítica réplica em Praga, na República Tcheca, representa o início do desenvolvimento de um país, que, apesar de estar na tão sonhada europa, tem índices de pobreza semelhantes aos encontrados no Brasil.
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Agora, visitar Budapeste é o mesmo que ir ao supermercado e encontrar uma promoção da espécie leve 2 e pague 1. A cidade que, no passado, era dividida em Buda e Peste possui um clima romântico comparado a Veneza e Paris. Observar a capital do alto do Castelo de Buda, às margens do Danúbio, e aguardar o pôr-do-sol é um convite para um espetáculo gratuito da natureza. Se do lado Buda, o forte é o castelo, do lado Peste as maiores atrações são as termas medicinais e a Praça dos Heróis. Reservar um dia inteiro para visitar cada um dos lados da capital Húngara é o suficiente para sentir o que de melhor a Hungria tem para oferecer.
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Desculpem-me os apaixonados pelo turismo goiano, mas a capital da Eslováquia é tão sem atrativos quanto a capital goiana. A diferença é que lá existem alguns palácios e castelos. Existem, mas estão fechados para a visitação pública (reforma). Caminhar pelo centro histórico da cidade durante um período do dia já é o suficiente para dizer que Bratislava foi inteiramente visitada. O que se vê em Bratislava, vê-se em qualquer cidade européia. A capital não está preparada para o recebimento de turistas e conseguir informações é um "Deus nos acuda".
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Informações Úteis:
- As capitais do centro Europeu são próximas umas das outras. Para se deslocar de uma a outra, é interessante fazer o trajeto de ônibus. Existem duas companhias low cost na região que oferecem serviços de qualidade. As empresas são OrangeWays e StudentAgency. É preciso reservar as passagens com antecedência. Os ônibus são novos e contam com serviço de bordo;
- O aeroporto de Bratislava, operado pela Companhia Ryanair, fica na própria capital da Eslováquia e não na cidade de Viena, como pode ser interpretado no site da companhia;
- A moeda da Eslováquia é o Euro. Na República Tcheca é a Coroa e na Hungria é o Forint. As duas últimas possuem valores enormes e são moedas difíceis de lidar pelo número de zeros que possuem;
- Não dê uma de Joãozinho sem braço ao andar no transporte público de Praga e Budapeste. Os fiscais são muitos e estão para todo lado. Nunca esqueça de autenticar o ticket antes de embarcar em ônibus e metrôs. As multas são salgadas e, ainda que seja turista, os fiscais não perdoam;
Viagem: 27/07/2009 a 01/08/2009
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sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Le Dernier Post

"Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi", trecho da música Emoções, de Roberto Carlos.

É chegada a hora de fazer o trajeto de volta ao Brasil. Apreensão, medo, saudade, expectativa, tristeza, alegria e a certeza de que o Ailton que em breve desembarcará em Goiânia não se trata do mesmo Ailton que há 11 meses e três semanas deixou o país para vir estudar no exterior. Depois de uma experiência enriquecedora, como a que tive oportunidade de viver, graças à generosidade de minha mãe, a quem devo um MERCI BEAUCOUP por toda a minha vida, é impossível que eu me considere a mesma pessoa.

Além de retornar com excesso de peso (engordei 8 kilos em quase um ano – motivos: chocolates, cerveja e batata-frita) e com excesso de bagagem (reduzir em duas malas de 32 kilos tudo o que foi adquirido durante um ano não é nada fácil), retorno com o sentimento de missão cumprida e com planos futuros que, sem dúvida, me trarão de volta ao velho continente.

É chegada a Hora do Desembarque... Momento de arregaçar as mangas e seguir adiante! Partida da Bélgica: 19h - hora local ( 14h / horário de Brasília) – Chegada: 10 horas – hora local (15 horas, horário da Bélgica);

P.S.: Sem tempo para escrever, em virtude das viagens que fiz nas últimas semanas, minhas postagens ficaram em atraso. Postarei nas próximas semanas minhas impressões sobre a Europa Central (República Tcheca, Hungria e Eslováquia) e sobre a grande PARIS. O título do blog "Salut, Brésil" permanecerá, apesar do meu retorno.
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sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Ah... O Sul da França - Côte d'Azur

À beira do Mediterrâneo - Praia de Saint-Maxime (Côte d'azur française)

A Europa sempre esteve associada ao tempo frio, ao inverno. Talvez, isso explique o porquê fiquei espantado ao sentir a chegada do calor durante o verão aqui no hemisfério norte. O hábito de vestir diariamente duas, três blusas de frio foi rapidamente substituído. Camisetas e shorts tiveram que ser resgatados do fundo do guarda-roupa. Afinal, aguentar temperaturas de 35 graus de gorro e cachecol não faz parte da natureza humana. O sol realmente resolveu liberar seus raios. É até estranho assistir os programas de previsão do tempo é ver índices de 30, 38 graus previstos para algumas regiões daqui.

Graças ao calor, tive oportunidade de ir conhecer um dos cantos mais bonitos do mundo: a Costa Azul do Sul da França, banhada pelo Mar Mediterrâneo... e, porque não dizer também, mais 'chiques' do mundo, como a cidade de Saint-Tropez, vilarejo turístico visitado por centenas de celebridades internacionais. A viagem de sete dias não podia ter sido melhor. Valeu a pena substituir uma categoria de turismo que vinha fazendo há meses, a de turismo desbravador, para me lançar a um programa que, até então, acreditava ser tipicamente brasileiro: juntar as traias e ir em direção ao mar.
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Visitar o sul da França me rendeu, também, uma outra visão do que representa um país de primeiro mundo. França não é somente Paris, modernidade e glamour. Um dos pilares de sua economia é a agricultura. Em alguns momentos, durante a viagem, pensei que estivesse percorrendo rodovias do interior goiano. O número de propriedades rurais e pequenas vilas encontradas pelo percurso me revelou um país extremamente simples e "ricamente" encantador.
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Autoroute du Soleil - Depois de viajar mais de 1.200 kilômetros, desembarquei na cidade de Saint-Aygulf, no sul da França. A viagem foi extremamente cansativa em razão do calor e da grande quantidade de engarrafamento encontrado durante todo o percurso feito pela "Autorote du Soleil", como é chamada a Rodovia do Sol, que leva os turistas em direção à Costa Azul Francesa.

Sacrifício que vale a pena. Desafiar a rodovia do sol é como seguir as linhas de um arco-íris na expectativa de encontrar um pote de ouro. A diferença é que a destinação da Autoroute realmente oferece a quem se arrisca a passar por ela uma recompensa que não há dinheiro no mundo que pague. A riqueza natural da região, a simplicidade de cada vilarejo, o canto da cigarra, o calor intenso, as rajadas de vento e as belíssimas praias são apenas algumas descrições resumidas daquilo que meus olhos viram e meus ouvidos escutaram. Um dia espero retornar ao mesmo local e reviver os momentos de 'bonheur' e descanso que a Côte d'Azur me proporcionou.

Para constar - Listarei alguns locais imperdíveis a serem visitados no Sul da França. Incrivelmente, são os locais que tive a felicidade de conhecer: Fréjus, Saint-Raphaël, Saint-Aygulf, Roquebrune-sur-Argens, Saint-Jean, Sainte-Maxime, Port Grimaud, Gassin, Ramatuelle, L'escalet, Saint-Tropez e Saint-Michel;
Viagem: 17/07/2009 a 25/07/2009
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