Oficialmente, o inverno não chegou no Hemisfério Norte. Mas, na última sexta-feira, 21, uma chuva, acompanhada de trovoadas, inaugurou, por aqui, o tempo frio. Para dar boas-vindas antecipadas ao inverno, nevou, em Liège, na Bélgica. Por mais de meia-hora, pude, encantado, presenciar de camarote, da janela do meu quarto, as centenas de milhares de flocos de neve que caiam sobre a cidade.
Na manhã de sábado, era possível contemplar o trabalho feito pela natureza durante toda a noite do dia anterior. As ruas, os carros estacionados, as coberturas dos prédios e das igrejas, as árvores e, inclusive, os monumentos de Liège foram tomados por uma grossa camada de gelo acumulada pela nevasca.
Com a precipitação constante de neve, andar pelas ruas é, agora, uma aventura arriscada. Além do risco de se escorregar, o ambiente externo tornou-se um verdadeiro 'freezer ao ar livre'. A temperatura média da cidade, durante o dia, caiu para 3 graus. Ao escurecer, por volta das quatro da tarde, hora local, uma da tarde, hora oficial de Brasília, no Brasil, a temperatura reduz ainda mais. À noite, os fortes ventos acompanhados de uma fina nevasca contribuem para uma queda maior da temperatura. A fria sensação térmica torna insustentável caminhar pelas ruas sem que esteja bem agasalhado.
Apesar do frio intenso e da ausência de raios solares, contemplar a neve nas folhas das árvores e nos telhados das velhas construções da cidade é uma terapia, ainda que o clima esteja cinzento. A neve não anuncia somente a chegada do inverno. Ela traz para a cidade um clima diferente. É impossível não associar a presença da neve, também, com o Natal que se aproxima. Para quem nunca havia assistido tamanho espetáculo da natureza, talvez a neve seja uma das mais belas exibições.
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